Finalmente chegou às terras tupiniquins o filme que este que vos escreve mais esperava em 2017! A expectativa era tanta que antes mesmo de assistir, eu já o tinha declarado como o melhor filme do ano. E agora que eu pude ver o terceiro capítulo da saga de César e seus companheiros? Estaria eu certo?
Planeta dos Macacos: A Guerra começa mostrando as consequências do capítulo anterior. Vemos um César já cansado de todo o conflito com os humanos e que só quer viver em paz no meio do mato com o seu povo. Porém, como os seres humanos são gente super boa (só que não) e ainda liderados por um coronel da “melhor” qualidade, a paz que Cesár tanto deseja está longe de chegar… Em meio a sentimentos de vingança e dever com a sobrevivência de seu povo, o líder dos macacos se vê forçado a entrar em combate.
Na minha opinião, o que mais chama a atenção em toda a franquia e que ficou ainda mais evidente neste capítulo são as consequências emocionais que a evolução causou aos humanos e símios. A trama constrói com maestria a “humanização” dos macacos e a “animalização” dos humanos. Um lado que deslumbra todo um futuro para a sua espécie recém evoluída e o outro que luta com todas as suas forças pela sobrevivência e vai além: cria um exército determinado a destruir aquilo que não compreende e culpabiliza as vítimas de seus experimentos como responsáveis pela a extinção humana que não tardará. Este aspecto dialoga um pouco com os dias de hoje, mas não vou entrar nessa discussão, porque de certo modo acho importante que quem assista dê seus próprios significados. E cara, o filme uma hora ou outra vai fazer você refletir sobre isso.
O elenco transmite toda essa carga emocional de uma forma impressionante e vale ressaltar o salto tecnológico na captura de performance e na computação gráfica. É possível ver com clareza a emoção dos atores nos rostos dos macacos! Destaque para Andy Serkis que simplesmente dá um show de atuação e mostra toda a essência de César. Ah e já que eu falei de computação gráfica: é fantástica a construção da mesma, até agora estou impressionado como os caras fizeram cenas diurnas tão perfeitas. Tem horas que me questionei se eram macacos reais ou não.
Não é só de drama e reflexões filosóficas que o filme se mantém: apesar de ter menos ação de que seu antecessor, Planeta dos Macacos: A Guerra traz cenas de ações bem construídas (afinal tem guerra no título) com direito a muitas explosões! O filme ainda tem um alívio cômico bem dosado com a presença do “macaco mau”.
Planeta dos Macacos: A Guerra pode decepcionar àqueles que esperavam ver um confronto intenso (como no filme anterior da saga), mas certamente agradará muito quem gosta de tretas, explosões e algo além disto, afinal, tudo é muito bem equilibrado. E respondendo a pergunta do começo do texto: Sim, na minha opinião já é o melhor blockbuster de 2017!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.