Assistimos: Os Segredos de Saqqara


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5
On 4 de novembro de 2020
Last modified:4 de novembro de 2020

Summary:

Logo que me deparei com o trailer e a sinopse de Os Segredos de Saqqara, senti uma imensa vontade de assistir. O documentário, que estreou na Netflix no final de outubro, mostra o trabalho de uma equipe de arqueólogos egípcios em desvendar os mistérios de um tumba intacta, de mais de 4.000 anos. Eu, como adoro essas descobertas, resolvi assistir o documentário e cá estou para falar sobre o mesmo. Me acompanhe!

Logo que me deparei com o trailer e a sinopse de Os Segredos de Saqqara, senti uma imensa vontade de assistir. O documentário, que estreou na Netflix no final de outubro, mostra o trabalho de uma equipe de arqueólogos egípcios em desvendar os mistérios de um tumba intacta, de mais de 4.000 anos. Eu, como adoro essas descobertas, resolvi assistir o documentário e cá estou para falar sobre o mesmo. Me acompanhe!

Antes disso, vamos analisar a sempre sucinta sinopse da Netflix:

Uma equipe de arqueólogos egípcios encontra uma tumba de mais de 4.000 anos completamente intacta e tenta decifrar a história dessa descoberta extraordinária.

Esqueça qualquer documentário tedioso que você já tenha assistido na vida: Os Segredos de Saqqara  passa bem longe disso. Do início ao fim, o documentário leva o espectador a se envolver, junto dos arqueólogos, na fascinante descoberta de uma tumba intacta no ano de 2018, em Saqqara, ao sul da capital do Egito, Cairo. Nela, há escritos e imagens em perfeito estado, algo considerado impressionante, dado aos seus mais de 4.000 anos, cujo dono seria Wahtye, um grande Sacerdote que trabalhava para o faraó Neferirkare, que reinou entre os anos de 2446 e 2438 a.C.

O interessante de Os Segredos de Saqqara é que ele não se baseia apenas nos estudos, na parte laboratorial, onde analisam os artefatos a todo instante. O foco está em levar o espectador a vivenciar, de alguma forma, o quão emocionante é encontrar um artefato histórico, mais precisamente, um pedaço da sua história, do seu povo. E, para isso, o documentário nos mostra um pouco do dia-a-dia de todos, seja de quem lê os escritos, de quem coordena a expedição, mas, principalmente, de quem trabalha escavando, com muito zelo, os arredores da tumba, em busca de qualquer objeto antigo.

Ao mesmo tempo em que esses homens trabalham ali, horas a fio, debaixo de um sol escaldante e muita areia, porque necessitam da renda, é nítido que há um fervor , uma paixão na sensação de encontrar um pedaço sequer que conte a história do povo do antigo Egito. Cada trabalhador passa ao espectador a sensação de alegria por estar contribuindo para um quebra-cabeça da história do seu país, do seu povo. E o bonito é que esse amor em descobrir mais da própria história foi e vai passando de geração em geração.

A cada descoberta desses homens, por menor que seja, me proporcionou uma vontade de torcer a cada achado, a cada artefato incompleto e que, com uma motivação bonita de se ver, eles voltavam à escavação, em busca de outra parte. Essa sensação de torcida, se dá pela estimativa de tempo que todos tem para encontrar uma determinada quantidade de artefatos para assim, manter o financiamento da expedição, que é o modo de sobrevivência de todos. Sem falar em todas os enigmas sobre Wahtye, quem ele foi, suas motivações em seus escritos, quem eram as outras pessoas ali representadas e, principalmente, se conseguiriam encontrar sua ossada ali.

Se você quer assistir uma parada mais leve, só que muito, mas muito interessante e empolgante, vale muitíssimo a pena assistir Os Segredos de Saqqara. Fique despreocupado, porque tédio é algo fora de cogitação nesse documentário. Inclusive buscarei saber mais sobre essas escavações, pois eu não me recordava desse achado. Com uma fotografia que dispensa comentários, você ficará maravilhado com Os Segredos de Saqqara. Recomendo!