Assistimos: Número 23

Review of: Número 23

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4
On 15 de abril de 2020
Last modified:15 de abril de 2020

Summary:

Se tem um ator de comédia que eu amava na infância, era o Jim Carrey. No seu filme mais recente, Sonic - O Filme pude perceber que minha admiração pelo ator perdura. Ao ouvir o podcast da Dragão Brasil, alguém mencionou o filme Número 23 e, automaticamente, lembrei que se tratava de um filme de suspense/terror com o Jim Carrey que eu queria muito ter assistido, mas os anos se passaram e eu acabei esquecendo. Também não me lembro se o mesmo foi televisionado para a TV aberta, até porque, na época, cinema não era uma coisa acessível e foi um momento de mudança na minha vida (literalmente).

Se tem um ator de comédia que eu amava na infância, era o Jim Carrey. No seu filme mais recente, Sonic – O Filme pude perceber que minha admiração pelo ator perdura. Ao ouvir o podcast da Dragão Brasil, alguém mencionou o filme Número 23 e, automaticamente, lembrei que se tratava de um filme de suspense/terror com o Jim Carrey que eu queria muito ter assistido, mas os anos se passaram e eu acabei esquecendo. Também não me lembro se o mesmo foi televisionado para a TV aberta, até porque, na época, cinema não era uma coisa acessível e foi um momento de mudança na minha vida (literalmente).

Filme, finalmente, assistido e aqui estou para falar sobre. Mas antes, dá uma lida nessa sinopse aqui:

Um homem encontra um livro obscuro sobre o número 23 e inicia uma jornada sombria. À medida que ele se torna cada vez mais obcecado com o conteúdo, ele se convence de que o livro é baseado em sua vida. Para o seu desespero, ele descobre ainda que graves consequências estão armazenadas para o principal personagem da obra.

Número 23 é um filme muito bom e eu fiquei bem feliz de saber que há treze anos eu estava certa de duas coisas: o filme é bom e, sim, Jim Carrey “consegue” fazer um bom filme de terror. Eu digo isso, porque eu não conseguia (naquela época, em 2007, lançamento do filme) imaginá-lo atuando num filme do gênero, sem que ele me fizesse rir rs. Eu estava enganada, é claro, pois esse filme e, principalmente, o seu personagem, me deixaram bastante tensa.

Walter é um cara que trabalha com o que chamamos de “carrocinha de cães”. Casado com Agatha e pai de um adolescente, Robin, ele vivia uma vida tranquila, antes de ser mordido por um cachorro, no dia de seu aniversário e de sua esposa encontrar um livro chamado “Número 23” que mudaria a vida dele. Apesar de sua esposa não ter dado atenção ao livro que ela encontrou, Walter sentiu-se atraído por cada página do mesmo, pois ele começou a perceber que, apesar de ter sido comprado aleatoriamente, o livro continha muitas ligações com sua vida, desde a infância. Além disso, todos os cálculos que Walter fazia sobre sua vida ou em todos os lugares onde ia, o número 23 (vinte e três) estava presente. A cada página, ele é consumido por um desespero, porque a obra não traz boas notícias para o protagonista. Ah! Só para constar: o cachorro não foi mencionado à toa, tá bom?!

Como disse, o roteiro de Número 23 prende o telespectador, da mesma forma com a qual Walter fica preso ao “simples” livro da capa vermelha. Não dá para desgrudar os olhos da tela e, por vezes, eu acabei “dialogando” com o filme, porque assim como o personagem fica confuso com o livro, como espectadora, eu também fiquei. Não, não estou dizendo que a confusão aconteceu por uma falha do filme, muito pelo contrário, pois foi algo imersivo mesmo, pois você também quer entender o que significa tudo aquilo para Walter.

Número 23 tem uma fotografia que dialoga com o livro,  mas não vou falar muito sobre, pois não quero dar spoilers. A começar pela cor vermelha, muito presente na ambientação, e que é a cor da capa da obra. Por falar no livro, acho legal que tudo que Walter lê e, provavelmente imagina, que é um processo normal da leitura, vai sendo visualizado pelo espectador também, o que não deixa o filme massante, pois se você tá pensando que o filme se trata de um cara que fica o tempo todo lendo um livro, achou errado, otário. Vale ressaltar que o filme contém cenas impactantes e explícitas. Os efeitos usados no filme, como embaralhamento de cartas, peças de um quebra-cabeça ou de fragmentos de um documento, enquanto Walter faz a leitura do livro, ajudam a compor perfeitamente a trama.

Particularmente, me senti muito mas muito satisfeita de saber que um filme que pilhei de assistir na saída da adolescência era melhor do que eu esperava. Apesar de eu não ter concordado muito com o final, Número 23 tem um roteiro inteligente que faz com que o telespectador “jogue” um “Detetive” com o protagonista, a fim de acompanhá-lo nesse quebra-cabeça matemático. É um ótimo filme de suspense/terror muito bem protagonizado pelo meu tá, NOSSO queridão, Jim Carrey. Só não fique pilhado de ficar somando tudo por aí pra ver se o resultado dá 23, hein…