O filme mais comentado nestes últimos dias de 2021 é Não Olhe Para Cima. O mais recente longa da Netflix, além de ser recheado de grandes estrelas, traz temas interessantes, que estão sendo bastante comentados nas redes sociais. E todo esse burburinho gira em torno da temática trazida pelo filme, da informação de que um cometa está prestes a atingir o planeta Terra, extinguindo o mesmo, entre outras coisas que vêm com tal descoberta. A curiosidade sobre o filme bateu e resolvi assistir. Bora falar sobre?!
Mas, antes de olharmos para cima, vamos de sinopse:
Dois astrônomos descobrem um cometa mortal vindo em direção à Terra e partem em um tour midiático para alertar a humanidade. Só que ninguém parece dar muita bola.
Decidi assistir Não Olhe Para Cima por curiosidade, como já disse aqui. Apesar de já saber do filme, não era algo que eu estava esperando ansiosamente para assistir. O longa aborda uma catástrofe a nível planetário, uma vez que um meteoro encontra-se a caminho da Terra, cujo impacto causará a extinção da vida no planeta. Diante de tal descoberta, aos astrônomos Randall Mindy (Leonardo Di Caprio) e Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) tentam de todas as formas, oficiais ou não, de avisar às demais autoridades nacionais, como à Presidente dos Estados Unidos, Janie Orlean (Maryl Streep) para tentar impedir tal catástrofe mundial.
Apesar do tema, a priori, dar uma impressão de que o filme é mais do mesmo, como todos os outros filmes sobre catástrofes ambientais que você já tenha assistido na vida, este tem uns diferenciais agregados. Sem enrolações, o filme já traz algo interessante no seu áudio e vídeo: permite os sons da ambientação abertos ao espectador, juntamente com jogo de câmeras, cujo os desfoques e balanços aparentes, dão uma impressão imersiva. Isso, somado às brilhantes atuações, fazem o espectador ficar vidrado e apreensivo, diante dos acontecimentos do filme, sendo estes previsíveis ou não.
O filme é definido como uma comédia/ catástrofe, mas esta última sobrepõe à primeira. Apesar de Não Olhe Para Cima ter algo de comédia ali que, talvez, eu não tenha sentido tanto, por eu ter assistido legendado. O filme me causou bastante angústia, junto aos pesquisadores e a saga destes para que a aterradora notícia fosse de fato levada a sério por autoridades, pela mídia e pelos civis. Creio que isso se deve ao fato de Não Olhe Para Cima apresentar muitas situações que nos permitem fazer pontes com a realidade e, consequentemente, como estamos quase todos cansados e devastados por uma pandemia que ainda está aí, a comédia passou que eu nem percebi…
Mas é IMPOSSÍVEL (sim, gritando) que não tenham sido observadas e ligadas à questões como: o negacionismo diante de apontamentos científicos, como o aquecimento global, o descaso com a Amazônia; a influência da mídia, quanto à ocultação de situações sérias, corrompendo pessoas e sendo corrompida pelo capital de grandes empresas; a influência das redes sociais, quanto à potencialização uma vida irreal, longe de quaisquer problemas, no egocentrismo de “hitar” nestas, com memes. O final de Não Olhe Para Cima foi realmente o que eu ansiava ver, por mais que o mesmo tenha me causado mais angústia do que a trajetória dos astrônomos.
Não Olhe Para Cima é reflexivo sobre questões ambientais, sociais, morais, éticas, científicas, econômicas e tecnológicas. Não vá assisti-lo pensando ser apenas mais um filme sobre catástrofes. Tem algo que incomoda ali e muito. Jason Orlean (John Hill) até tentou ser engraçado, sendo o filho estúpido da presidente, mas as semelhanças com a estupidez da realidade, fez isso passar longe da comédia e estamos (alguns) exaustos disso. Talvez você não olhe para o filme desta forma… Tente. Recomendo demais!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…