Ser um adolescente excluído nos tempos de escola e encontrar refúgio no mundo do rock e do heavy metal. Eu poderia estar relembrando um período da minha vida? Poderia. Porém, estou falando Metal Lords, uma das últimas comédias lançadas pela senhora Netflix. Assisti e cá estou para falar as minhas impressões. Bora comigo?
Aumenta o som e sinopse:
O plano dos excluídos Hunter e Kevin está claro: focar no heavy metal, ganhar a Batalha das Bandas e conquistar a admiração de todos.
Olha, não tem como não começar esta “resenha” sem falar do elemento nostálgico que o filme me trouxe. Achei impressionante como o roteiro foi certeiro em trazer a relação do jovem headbanger com o seu gênero musical favorito. A devoção, o estilo de vida, o sonho de montar uma banda, etc… Em alguns momentos, era como se eu estivesse acessando algumas recordações. Me identifiquei demais.
Outro ponto bem interessante é que não é só de causar lembranças boas que o longa se sustenta. Durante a trama, são apontadas inúmeras problemáticas que o universo do heavy metal tem. Por exemplo, como o personagem Hunter (Adrian Greensmith) tem falas e atitudes completamente machistas e homofóbicas. O que, cá entre nós, se você já frequentou a cena, sabe que é bem comum.
Essa atitude de Hunter excluir os demais abre uma boa discussão. Afinal, ele e seu amigo Kevin Schlieb (Jaeden Martell) são excluídos, por serem “esquisitões”. Fora isso, o filme também aborda outras exclusões como: transtornos psicológicos, abandono parental, pessoas com deficiência, etc… Apesar da trama não conseguir sustentar bem todas as problemáticas que levanta, passa uma boa mensagem para a molecada.
Isso mesmo: molecada. Mesmo que os adultos se emocionem com a temática, o filme é uma comédia adolescente. Confesso que achei curioso o público alvo a quem se destina, porque convenhamos, heavy metal não anda muito popular, né? Entretanto, achei uma grata surpresa, pois o longa é engraçado e com uma trilha sonora absurda de boa.
Como eu gosto muito de filmes com essa temática, já imaginava que Metal Lords me agradaria. Porém, não pensei que me divertiria tanto com a produção. O longa tem seus problemas? Tem, mas o conjunto da obra é bastante legal. Meu coração headbanger já não é mais o mesmo, mas ainda assim, pude acessar muitas memórias. Recomendo demais!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.