Mas antes das minhas opiniões, vamos conhecer a sinopse do longa:
“Anos depois da “Guerra dos Sessenta Minutos”. A Terra está destruída e para sobreviver as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais. Quando Londres se envolve em um ataque, Tom é lançado para fora da cidade junto com uma fora-da-lei e os dois juntos precisam lutar para sobreviver e ainda enfrentar uma ameaça que coloca a vida no planeta em risco“.
O filme tem uma proposta muito, mas muito interessante mesmo! E o começo? Cara, que cena! Porém, tem muita gente e muita informação… Como assim? Bem, vamos lá: primeiro apresenta o conceito de Cidades Tração, depois tem que contar brevemente como o mundo ficou daquele jeito, no meio disso tudo tem uma vingança, um vilão ambicioso, aí tem uma galera que é da rebelião; ah, também tem um “androide-zumbi” com um propósito misterioso… Bem, acho que acabou, mas é capaz de ter mais coisas.
Imaginou como é apresentar isso tudo? Pensou na quantidade de personagens envolvidos? Pois é, não tem como não atingir o ritmo do longa com todas essas subtramas… Acaba que o roteiro deixa de explorar inúmeras possibilidades por conta disso… Resultado? Os personagens não convencem, tudo fica muito massante e a duração extensa do filme também não ajuda.
Mas é tudo ruim? Não! O filme é tão visualmente bonito, que dá vontade de ver uma ou mais sequências só por causa disso. O aspecto do universo pós-apocalíptico é fantástico e a reconstrução de Londres é extremamente criativa. O mix de steampunk com era vitoriana é de encher os olhos!
Quanto às cenas de ação, a computação gráfica entrega completamente o prometido. Como eu já disse, a cena inicial é fantástica! Mas a beleza do trabalho não se resume somente às Cidades Tração. Todas as outras batalhas e efeitos especiais foram um deleite aos meus olhos fãs de stempunk! Repetindo a frase do parágrafo anterior: “dá vontade de ver uma ou mais sequências só por causa disso”.
Infelizmente, Máquinas Mortais entregou menos do que prometeu, mas ainda sim tem seu mérito quanto à construção estética de seu universo. No fim das contas, a produção parece uma mistura de Mad Max com Star Wars. Quando a minha frustração passar, pretendo pegar o livro para ler.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.