Nos fins das manhãs, uma orquestra adentrava às casas com uma música épica! Na tela surgia as sombras dos heróis e provavelmente algum adulto avisava que era a hora de almoçar. Falar de Liga da Justiça é isso: pura nostalgia! Mas esse texto não é sobre a série clássica, e sim do mais recente longa animado do universo. Quando eu soube, só pude assistir e agora estou aqui para falar sobre.
— Torre de Vigilância, nos diga a sinopse:
O destino da Terra está em jogo quando a Liga da Justiça enfrenta uma nova e poderosa ameaça: os Cinco Fatais. Superman, Batman e Mulher Maravilha buscam respostas quando os vilões aterrorizam Metrópolis.
Diferente da série animada, o longa é mais violento em suas cenas de ação. Apesar das mesmas serem bem próximas do material de inspiração, é possível ver cortes, sangue jorrando, etc. Mesmo não sendo algo muito extremo, achei que talvez possa limitar o alcance da animação, porque é um pouco de mais para crianças. Porém, talvez o interesse seja atingir os adultos mais nostálgicos.
Nesse ponto, a produção não deixa nada a desejar! Os traços, as movimentações, os planos de fundo, a trilha sonora… Enfim, tudo ali remete à série clássica. Eu, como bom saudosista, fiquei muito satisfeito com o aspecto técnico da animação. Sem sombra de dúvidas, é uma bela homenagem.
Entretanto, os nossos salvadores ficam um tanto ofuscados… Mesmo com novas adições, os heróis são pouquíssimo aproveitados e na mesma medida os vilões (que sempre estão à frente) também são. Resultado: motivações bobas em uma trama simples que mais parece um episódio prolongado.
Contudo, há exceções: os protagonistas Ástron e Jessica Cruz. Os personagens até então inéditos no universo são os que recebem melhor desenvolvimento e levantam uma questão interessantíssima sobre força “física x mental”. Nada super original, eu sei, mas é o ponto mais interessante da trama.
Liga da Justiça: Os Cinco Fatais é uma excelente escolha se você quer uma dose nostalgia. Infelizmente é só isso… Não que eu tenha achado a animação ruim, ela é no mínimo regular e ideal para uma tarde de ócio. Mesmo sendo um fã convicto das animações da DC, eu tenho que reconhecer: “não foi dessa vez que a expansão de um clássico deu certo”.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.