Fugir do real para o virtual, quem nunca o fez? Quem nunca quis viver a vida do seu avatar e partir em uma grande jornada épica? São poucos os que tem o privilégio (ou não) de dizer que nunca fizeram isso. Mas se fosse em Jogador Nº 1, duvido muito que esses poucos resistiriam! Enfim, bora falar desse filme?
Baseado no livro homônimo, o filme conta a seguinte história: “Em 2044, Wade Watts, assim como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real. Quando o criador do jogo, o excêntrico James Halliday morre, os jogadores devem descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico para conquistar sua fortuna inestimável. Para vencer, porém, Watts tem de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade da qual sempre tentou fugir“.
Primeiro ponto a se destacar no longa é a a quantidades de easter eggs/referências. Em inúmeras cenas podemos ver personagens e elementos da cultura pop, como: Batman, Tartarugas Ninjas, o carro DeLorean, King Kong, Doom, a moto de Akira, Alien, Street Fighter, etc… Sem contar a super e espetacular referência ao do hotel de O Iluminado. São tantas homenagens legais que você fica procurando esses detalhes em todas as cenas.
Um filme dirigido por Spielberg onde a história praticamente se passa o tempo todo dentro de um jogo, dispensa dizer que é um show de produção técnica, né? Os efeitos visuais estão impecáveis e acompanhado de um trilha sonora super adequada! A criação do OASIS é de uma uma beleza de detalhes tão grande, que dá vontade estar lá!
Ainda falando do jeito Spielberg de direção, é impossível não remeter a narrativa deste filme à outros tantos filmes que ele dirigiu e que embalaram nossas tardes na Sessão da Tarde. A relação de amizades entre os personagens, o romance previsível, a jornada, etc. Tudo está ali, mas de uma forma repaginada. Como se fosse a Sessão da Tarde para essa nova geração.
Por fim, destaco o que eu considero o maior acerto do filme: a crítica que ele traz. Em um mundo onde a realidade é sofrível, as pessoas preferem o virtual. A ponto de que o conceito de ser bem sucedido está no virtual e se você perde o jogo, você perde tudo. Uma mensagem que pode parecer clichê e quase desaparecer no meio de tanto efeito visual, mas considerando o público ao qual se destina, fica a reflexão à geração que passa o dia com a cara no celular, jogos, etc. Há pessoas ao redor e o tempo passa rápido.
Jogador Nº 1 é um filme divertido, muito bem feito e uma boa pedida para quem quer um pipocão estilo Sessão da Tarde: Agradável aos olhos, narrativa gostosa e uma leve reflexão sobre amizade, amor e a vida como um todo. Ah, e não podemos deixar de dar o “Selo Capitão América de Referência”.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.