Adaptações cinematográficas de mangás/animes sempre dividem opiniões, mas geralmente o público alvo costuma odiar! Entretanto, eu percebia no meu círculo social e em número significativo de pessoas na internet, uma certa expectativa para Fullmetal Alchemist. Porém, devo confessar a vocês que mesmo com os bons resultados na terra do sol nascente, eu não estava empolgado com o longa… Enfim, o filme saiu oficialmente aqui no BR e cá estou eu para falar as minhas impressões.
Vamos lá à estória que vocês conhecem (estou presumindo que sim): “O alquimista Edward Elric é observado por militares e monstros misteriosos enquanto procura um jeito de restaurar o corpo do irmão Al”. Essa é a sinopse oficial do Netflix. Simplória, não? Acho que não vai chamar a atenção do público “não alvo”.
Antes de mais nada, vou esclarecer uma coisinha aqui: Apesar dessa crítica não ser um artigo de comparação, é inevitável para mim não comparar o longa com o material de origem. Então o artigo vai caminhar assim vez ou outra para tratar do que eu considero como acertos e pecados da adaptação. Na real, ele é basicamente norteado assim e só não se tornou um “comparamos”, porque eu li/vi o mangá/anime há muito tempo e não queria falar mais besteira do que o habitual.
Vou começar com os “pecados”: Quando eu tive contato a com o material de origem, o que mais me cativou na obra foi a relação dos irmãos Elric perante o grande dilema que eles enfrentaram e como eles amadureceram perante as adversidades que passaram. Infelizmente o filme não dá conta disso e torna a relação deles bem neutra… Sei que o tempo é curto para tratar disso, mas é uma pena!
Ainda sobre os personagens, tive uma leve decepção com o Mustang e os homúnculos. Seus propósitos/construção na trama também ficaram muito rasos ou vagos. Ao que tudo indica, teremos uma continuação e eu torço para que eles sejam melhor trabalhados. Ah, e antes que eu me esqueça, não tem o Scar! Como assim?!
Mas nem tudo é ruim, meu caro leitor! A adaptação também fez seus acertos e eu vou pontuar o que mais me agradou. Começando pelo figurino que ficou muito bom, por mais que o Edward pareça um cosplay, hahaha. Vou na contramão da galera que anda reclamando por aí que só tem ator japonês e isso descaracterizou alguns personagens. Visualmente quase tudo me agradou.
Por falar em visual, a fotografia dos ambientes externos estão belíssimas e passa realmente a ambientação do material de origem. Ainda sobre o “visual”, os efeitos estão bem legais considerando com o que eu estou habituado do cinema japonês. Não é nada nível vingadores como foi prometido, mas confesso que ainda assim me surpreendeu (mesmo não sendo fantástico).
Mas sem dúvidas o que o Japão sabe fazer de melhor nessas adaptações é narrativa. Sim, também me incomoda ver pessoas de carne e osso fazendo aquelas caras e bocas, mas não há como negar que foi fiel com direito a toda excentricidade que só os animes tem.
Finalizando, o longa funciona muito bem como um novo material. A trama tem um bom ritmo, uma boa ação e mesmo com o meio da história “devagar quase parando” e um final pouco surpreendente, ela fecha “redonda”. Talvez com algumas perguntas a serem respondidas na possível sequência, mas ainda assim, tudo coeso com a proposta do filme. Enfim, assiste aí e compartilha sua opinião com a gente.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.