O curta-metragem é um tipo de mídia interessante para ser usado em sala de aula, já que a mensagem a ser passada é objetiva, sobrando tempo para possíveis reflexões oral e escrita. Fitas, produzido pela Pixar tem temas potentes para ser discutido em sala, como a diversidade e inclusão social. Pensando nisso, assisti o curta para levá-lo à sala de aula como forma de trazer à luz esses assuntos tão necessários hoje em dia, uma vez que é uma forma de educar para a vida. Então, decidi falar pro aqui também sobre a experiência de assisti-lo. Vamos lá?!
Mas, antes de embarcarmos nas minhas impressões, a sinopse:
Em “Fitas”, duas crianças em uma canoa do acampamento se veem à deriva em um lago, sem poder se mover pra frente até acharem uma maneira de se conectarem e virem o mundo atrás dos olhos um do outro. Este filme abre novos caminhos por apresentar o primeiro personagem de Pixar autista não verbal.
Como podemos ver na sinopse do Disney+, Fitas traz a primeira personagem da Pixar autista, que não é verbalizada. Renee é uma menina que tem um celular a todo tempo, com uma funcionalidade que emite sons e cores, de acordo com a intensidade que toca na tela. Durante um passeio de canoa, em que ela ainda está sem um parceiro para acompanhá-la, o instrutor tem a ideia de deixá-la ir com Marcus, um menino que chega atrasado e que precisa acompanhar o restante da turma, junto com Renee. A partir daí, o menino tenta estabelecer uma interação com ela, tentando descobrir o que e como fazer com que aquele passeio fosse prazeroso para ambos.
É interessante perceber que Fitas enfatiza a inclusão de uma menina do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que provavelmente passa por situações de preconceito, vivendo por vezes à margem da sociedade, colocando alguém que, de certa forma, compreende um lado da exclusão social. Sabendo o que é ser ferido pelo julgamento do meio em que vive, ele tenta compreender a colega, exercendo seu lado empático e acolhedor.
O curta transborda demonstrações de companheirismo, respeito. amizade, compreensão, aprender a lidar e perceber o lado bom de sermos seres diversos, sabendo se colocar no lugar do outro, independente se você faz parte no grupo das minorias ou não. Essas são coisas importantíssimas de serem aprendidas e praticadas dentro e fora de sala de aula, sendo um apoio para a construção de relações saudáveis em vários âmbitos.
Fitas faz parte de uma série de curtas-metragem produzidos pela Sparkshorts, produtora da Pixar. O curta tem a duração de treze minutos e, se tratando de Pixar, é óbvio que a estética da trama é linda. Assisti-lo é algo necessário para compreender, mesmo que de forma superficialmente rápida, porém didática, como é lidar com pessoas dentro do espectro, ao invés de excluí-las. Uma curiosidade sobre o curta é que a dubladora da Renee é uma menina chamada Madison, também diagnosticada dentro do TEA e que quase não fala. Essa é prova da potência de Fitas.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…