Você conhece alguém que não tenha assistido ao filme Constantine, estrelado por Keanu Reeves?! Não?! Pois bem. Muito prazer, eu sou essa pessoa. Não que eu me orgulhe disso, pois gostaria de assisti-lo um dia. Só “tive contato” com John Constantine em animações da DC/Warner Bros. Mas ele é um personagem ao qual eu gostaria de, digamos, me dedicar mais na leitura. Ainda não li uma HQ Hellblazer, mas pretendo, pois esse é um dos quadrinhos da Vertigo que sempre me chamaram atenção. Enquanto isso, continuo assistindo o personagem nas animações da DC, como esta que irei falar hoje: Constantine – Cidade dos Demônios.
Mas antes, para entender a história, vamos invocar uma sinopse bem poderosa:
“Uma década depois de um erro trágico, o pai de família Chas e o investigador do ocultismo John Constantine (dublado por Matt Ryan) se preparam para curar a filha de Chas, Trish, de um misterioso coma sobrenatural. Com a ajuda da misteriosa Nightmare Nurse, da influente Queen of Angels e do cruel deus asteca Mictlantecuhtli, os dois só poderiam ter uma chance de enganar o demônio Beroul e salvar a alma de Trish. Em um mundo de sombras e magia negra, nem tudo é o que parece, e há sempre um preço a ser pago. O caminho para a redenção nunca é fácil e, se Constantine tiver sucesso, ele deverá percorrer o obscuro submundo urbano de Los Angeles, superar a criatura mais astuta do inferno e estar cara a cara com o arqui-inimigo Nergal… Tudo isso enquanto luta contra os seus próprios demônios interiores!”
Olha, acho que nessa sinopse deu pra você entender bem a trama. Mas eu pretendo falar um pouquinho mais. Percebe-se, já pela sinopse, que é uma história e tanto (pelo menos, na minha opinião), com muitas coisas para acontecer. Portanto, é por aí que você percebe que não há possibilidade de ser uma trama arrastada. A todo momento, acontece algo que cause um impacto, seja por atitudes de alguns personagens, cenas bem chocantes, viscerais, ou algo que, de repente, pode pôr tudo a perder. Acredito que foi o impacto de tudo isso que me deixou tão presa à animação.
Os personagens de Constantine – Cidade dos Demônios são bem pesados, na minha opinião. Chas tem uma ligação muito forte com o amigo John, até mais do que com sua esposa, cuja relação não anda muito bem. Mas sua ligação à Trish, sua filha, tão forte, a ponto de Chas apelar para uma ajuda de John Constantine, para juntos e, mais uma vez, tentarem salvar a alma de uma criança, Trish, mesmo com toda objecção da mãe da menina. As relações e motivações de todos os personagens são muito fortes, inclusive, a da vilania.
Quanto a eles, eu não posso falar além do que está na sinopse, senão vou acabar dando spoiler. Porém, as motivações dos mesmos são bem claras e são sobre questões do passado. E a junção de Chas a Constantine faz com que chamas (das profundezas do inferno, literalmente falando) se reacendam.
A excelência nas animações da DC é inegável. Não há condições de pôr defeitos em nada, pós ela permanece com a sua qualidade visual. Portanto, não espere maiores efeitos especiais. É o mesmo do mesmo, dentro desse universo (e não, isso não foi uma reclamação). Mas queria destacar um momento da animação, que achei muito bom, mas não posso contar o contexto: num dado momento, são usadas cenas de filmes antigos, dos anos 20, se não me engano, mas de uma forma muito inteligente e criativa. Um contexto que, inicialmente, pode parecer estranho, mas que, no fim, você acaba achando genial!
Constantine – Cidade dos Demônios não me pareceu uma animação com um enredo clichê, muito pelo contrário. Não espere um final 100% “e viveram felizes para sempre”. Foi um final muito maduro, com decisões maduras e tão fortes, que chegam a mexer, de alguma forma (pelo mesmo eu me senti assim), com o espectador. Vale muito a pena caçar essa animação pra assistir!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…