Adaptações das obras do Stephen King para todos os lados e em todas as mídias! Longe de mim reclamar, porque eu sou fã do trabalho dele. Mas enfim, enquanto “It: A Coisa, Capítulo 2” não chega, cá estou para falar da nova adaptação de um clássico (que eu nunca li… Shame! Shame! Shame!): Cemitério Maldito. Acenda as velas e vem comigo!
Mas antes de seguir o enterro, vamos de sinopse:
A família Creed se muda para uma nova casa no interior, localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado usado para enterrar animais de estimação – mas que já foi usado para sepultamento de indígenas. Algumas coisas estranhas começam a acontecer, transformando a vida cotidiana dos moradores em um pesadelo.
Antes de mais nada, aviso que não farei comparações entre a antiga adaptação e essa, porque eu mal lembro da anterior. Eu poderia ter visto a outra antes de escrever? Poderia, mas esse site aqui é a vida como ela é: a gente corneta e comenta, sem ser especialista e sem desejar ser um. Mas chega de enrolações e vamos ao que interessa.
A trama praticamente gira em torno de uma questão: a morte. Seja o medo dela ou o medo de falar sobre ela. Nos diálogos a cerca desse ponto, temos a criança tentando entender a morte, um médico e personagens que perderam pessoas próximas e não sabem (ou souberam) lidar com isso. Por mais que seja um filme de terror/suspense, achei a mensagem muito bem trabalhada.
Falando em terror, o longa é fraco nesse sentido, a ponto de algumas cenas me tirarem risadas. Senti que ele segue o tom dos filmes atuais do gênero: não tem aquele terror gore marcante na época da adaptação anterior, ou seja, é pouco violento e utiliza recursos de terror psicológico. Posso estar falando besteira, porque eu quase não acompanho mais filmes d0 tipo, mas falar besteira faz parte e tamo aí.
Finalizando, destaco o melhor do filme: as atuações! É difícil falar sobre sem dar spoilers, então serei bem vago. Na pele de Rachel, Amy Seimetz é fantástica! Jason Clarke (Louis) e Jeté Laurence (Ellie) sustentam as mudanças de seus personagens com maestria, assim como John Lithgow (Jud). Uma pena que o roteiro não trabalhe tão bem as relações entre eles, tudo é meio corrido.
Depois de trinta anos, a nova versão de Cemitério Maldito entrega um terror aos moldes da atual geração. Embora não me agradou muito, reconheço que tem bons pontos se olhar a obra como um todo. Se as vezes deixar uma história morta, é melhor (entendeu? Entendeu?), eu não sei, mas pelo menos essa geração está tendo oportunidades ver “coisas” além de It (me parem, por favor).
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.