Outra comédia… Sim e não é só isso: uma comédia romântica! Pois é, mas acho que você irá me entender, deixa eu te explicar… Ó, primeiro eu leio o título Casal Improvável e eu gosto do “impossível” coisa de gente otimista; depois eu vejo o Seth Rogen, o que me indica, junto ao título, que é uma comédia e, provavelmente, será boa. Mas aí, eu vejo a Charlize Theron… Baita atriz! Aí, fechou o pacote! Embarquei nessa comédia romântica, depois de um bom tempo sem assistir algo que me levasse até o final do filme. Bem, agora resta saber se é boa ou se é mais uma “clichezona” na área. Vem comigo que eu te conto!
Que sinopse! Se tem algo improvável aqui é de que essa sinopse não seja muito explicativa! Então, antes de eu falar do filme, vamos a ela:
Charlotte Field (Charlize Theron) é uma das mulheres mais influentes do mundo. Inteligente, sofisticada e talentosa, ela é uma diplomata poderosa com um talento para … quase tudo. Fred Flarsky (Seth Rogen) é um jornalista talentoso e livre, com uma tendência autodestrutiva. Os dois não têm nada em comum, exceto que ela era sua babá e foi sua primeira paixão. Quando Fred inesperadamente encontra com Charlotte, ele a encanta com seu humor autodepreciativo e suas lembranças de seu idealismo juvenil. Enquanto se prepara para concorrer à Presidência, Charlotte impulsivamente contrata Fred como seu redator de discursos, para o desânimo de seus conselheiros de confiança.
Casal Improvável é uma comédia romântica diferente, em plenos 2019, fi-nal-men-te! Eu ri, cê tem noção disso?! Eu, literalmente, gostei do filme! Como eu já disse, o título, juntamente com os atores principais, muito me atraiu e não é de hoje. Há umas semanas, eu já estava de olho nele, enquanto escolhia filmes para assistir com o Joe e, tal “receita” me chamou tanto atenção, que não esqueci do filme, assistindo-o assim que pude.
Já no início, você consegue dar umas risadas, diante da situação: Fred, que é jornalista (e judeu), está numa reunião de supremacistas brancos e gravando a mesma, quando é encorajado pelos mesmos a fazer uma tatuagem da suástica, que todos eles têm. Só nessas primeiras cenas, já dá pra perceber que o filme não será de todo ruim. Falo desse jeito, pois os filmes de comédia romântica seguem a mesma receitinha, mas Casal Improvável, escrito por Dan Sterling e Liz Hannah, e dirigido por Jonathan Levine, mudaram os “ingredientes”.
O “recheio” dessa história ficou saboroso, me fazendo sentir aquela satisfaçãozinha que dava antigamente, quando algo de bom aconteciam em filmes do gênero. Ela pode até usar alguns recursos (bem poucos mesmo) de comédias românticas que você já tenha assistido, mas não é nada que te faça desistir do roteiro, achando que será massante e que o roteiro, de uma hora para a outra, vivará uma mesmice. Pelo contrário. O Fred sempre deixa transparecer que seu comportamento negativo e impulsivo, vai trazer alguma mudança na trama.
A química entre os personagens, cujo título dizia ser duvidosa, é surpreendente! Rogen impressiona com a facilidade que tem para conduzir o espectador aos risos, exceto pela parte da escada, que é me lembrou alguns vááários filmes. Charlize me encantou com a sabedoria de dosar os dois lados que sua personagem também se encontrava dividida, em ser engraçada e manter a seriedade e a postura de autoridade, mas também em ser romântica, sem aquela coisa forçada de voltar à adolescência. E ela consegue fazê-lo, por mais que esse seja, de certa forma, o núcleo da história, uma vez que, os protagonistas se conheceram neste período (ele tinha 12 e ela 16 anos). Eu vejo o Fred simplesmente como alguém que tem a função de manter a integridade moral da Charlotte, não permitindo que a mesma se corrompa, diante das escolhas no âmbito político, fazendo com que a mesma relembre dos aprendizados durante o período escolar, sendo de grande importância para ambos.
É bem provável (rs!) que você perceba uma intenção dos envolvidos nesse filme em deixarem implicitamente (talvez, queriam que fosse explícito, mas não senti que foi forçado) suas opiniões políticas, quando há discussões sobre a mesma, como ela acontece pelos bastidores e ao abordar questões supremacistas, racismo e homofobia. Achei uma jogada genial a forma como a comédia foi usada de maneira simples, mas deixando sobressaltado como tais comportamentos são completamente imbecis.
O nível cômico de Casal Improvável também é incrementado por figuras como o presidente da república Chambers, vivido por Bob Odenkirk (sim, o Saul, de Better Call Saul e Breaking Bad) e pelo amigo engraçado e bem sucedido de Fred, Lance, vivido por O’Shea Jackson Jr., que me arrancou muitas risadas durante a festa, por dizer que foi confundido com um dos caras do BOYZ II MEN, por ser um dos poucos negros numa festa e pelas referências literalmente falando que esse filme carrega. E, por falar em BOYZ II MEN, além do trio musical estar presente no filme, eu adorei ouvir “Must have been love”, do Roxette tocando de vez em quando…
Pode ser que você não queira se aventurar em assistir Casal Improvável, talvez pelo receio de que ela ainda tenha alguns pouquíssimos elementos de coisas que você já viu. Mas eu te garanto que, em vista do que se tem hoje de comédia romântica (falando como pessoa adulta que estava cansada de assistir mais do mesmo), provavelmente, desta, você irá gostar muito! E, WAKANDA PRA SEMPREEE!!! (Assista e entenda. ;))
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…