Imagine viajar para outros país com seu(a) companheiro(a) e, após um acidente, que tem como consequência a morte de sua companhia, você ser perseguido pela polícia local, sem saber o real motivo. Beckett é o recente filme da Netflix que tem como base essa situação complicada. O trailer era bem interessante, me deixando ansiosa para assistir. Agora, com o filme assistido, vou falar as minhas impressões sobre o mesmo, mas sem spoiler, claro. Partiu?!
Mas, antes de embarcarmos nessa viagem, a sinopse:
De férias na Grécia, um turista americano se torna alvo de uma caçada humana depois que um trágico acidente o envolve em uma conspiração política.
Assistir a filmes e séries sozinha é uma tarefa que, confesso, é um pouco difícil pra mim. Mas ultimamente, com o retorno ao trabalho presencial e, consequentemente, uma redução no tempo e de conciliar o mesmo para assistir com o Vinicius, me vi num movimento de baixar os filmes no celular para assistir, durante a viagem. Foi o que fiz com Beckett, cujo trailer me agradou e me deixou bastante intrigada.
A trama se baseia numa caçada ao cidadão americano Beckett (John David Washington), que está na Grécia, para onde viajou com sua namorada April (Alicia Vikander), local onde se envolveram num grave acidente de carro, em que April foi a vítima fatal. Depois de socorrido, medicado e de entrar em contato com os familiares da namorada, Beckett, desolado pelo falecimento de sua amada, resolve retornar ao local do acidente, como forma de relembrar do mesmo e lamentar a morte de April. Foi aí que ele, do nada, começou a ser alvo de tiros e de uma caçada comandada pela polícia local, que outrora o havia ajudado quanto ao acidente.
O trailer entrega tudo isso, logo de cara. O filme é meio arrastado nesse primeiro momento, em que apresenta o casal, o entrosamento do mesmo e como eles aproveitam a viagem e tal. Quando a caçada começa, o filme torna-se bem atrativo, interessante, causando momentos de tensão, quando o o protagonista tenta se esconder de várias formas da polícia, enfrentando perigos como lidar com altitudes de penhascos e ter que pedir ajuda a desconhecidos.
Mas o filme focou muito na parte de ação, deixando de lado por muito tempo as questões políticas que também tinham importância, jogando as mesmas de forma repentina, como se fossem desconexas à trama. Outra situação que me intrigou bastante foi a questão racial, num país (de maioria, branco) como a Grécia. Entendo que não era esse o foco do filme, mas todos os nativos (brancos) ajudam alguém desconhecido, que está fugindo da polícia (Beckett sempre fala isso a quem ele pede ajuda), que se encontra ensanguentado, sujo, é estrangeiro e negro? Celular emprestado, abrigo e cuidados de ferimentos, caronas, colo… Não sei se a ideia era passar que Beckett estava vivendo num “mundo só dele”, como se fosse efeito de um choque, de um evento pós traumático… No fim das contas, coisas do tipo me deixaram confusa, assim como personagem…
Em suma, o Beckett é bom (eu daria nota 3,5), principalmente com relação às cenas de ação e a fotografia, mas poderia entregar mais, se não focassem só nelas e esquecesse do núcleo da trama, que eram as relações políticas e outras coisas interligadas. Até porque, John David Washington se entregou imensamente ao personagem e demonstrava estar preparadíssimo para que Beckett explodisse a qualquer momento na trama, um baita ator! Mesmo assim, recomendo que você assista e tire suas conclusões.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…