No começo do ano, a Warner lançou uma animação do maior detetive da DC Comics. Apesar de Batman: Alma do Dragão estar no meu radar há um tempo, demorei a assistir, porque não me parecia muito legal. Enfim, tomei coragem e cá estou para falar as minhas impressões. Bora comigo?
Mas antes da pancadaria, sinopse:
Batman enfrenta inimigos do passado com a ajuda de três antigos colegas: o treinador de artes marciais Richard Dragon, Ben Turner e Lady Shiva.
O primeiro ponto que me chamou a atenção foram as inúmeras referências aos anos 70. Logo de cara, fui presenteado com um começo no melhor estilo 007 de ser. Fora isso, figurino, trilha sonora, roteiro e até a estética dos filmes artes marciais da época estão presentes. Inclusive, Richard Dragon, o protagonista é praticamente o Bruce Lee.
É isso mesmo que você leu, o Batman é tudo, menos protagonista. Mais uma vez o nome do herói é utilizado somente como um chamariz. Narrativamente falando, o homem morcego é completamente desnecessário na história, mas é aquilo, se o longa se chamasse Richard Dragon: Alma do Dragão, só meia dúzia de gente iria assistir.
Contudo, a presença de Batman entrega pontos muito interessantes, porque o personagem é bastante, digamos, desconstruído. Ele não é o mais esperto, o mais forte e nem o mais discreto. De certo modo, achei essa roupagem do herói bem divertida, mas pode ser que os fãs mais apaixonados achem uma “heresia”.
Quanto à história, é bem simples. Um grande perigo surge e a galera precisa se reunir. Se bem que grande perigo é bondade da minha parte, porque o vilão mal tem tempo de brilhar e seus sidekicks dão muito mais trabalho. No meio da pancadaria que nos deixa acordados, rola uns flashbacks para contextualizar tudo. Em suma, o longa é uma diversão leve e direta.
Batman: Alma do Dragão não é uma animação do Batman e tampouco o melhor título do catálogo. Essa estratégia de usar o morcegão pra chamar público ainda me incomoda, mas isso não significa que tudo ali seja ruim. Enfim, é uma grande homenagem para quem gosta dos filmes setentistas. Se você gosta do estilo, vá de coração aberto e divirta-se.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.