Assistimos: Batman (2022)

O tão aguardado (e prejulgado por uns) filme do Batman, protagonizado por Robert Pattinson chegou às telonas brasileiras! Batman (ou The Batman como uns têm falado pelas redes, né) proporcionou uma curiosidade e vontade de assisti-lo, que poucos filmes ou séries de super-heróis têm me motivado ultimamente. Aí, eu pensei: “Eu vou lá! Eu vou lá pra ver qual é a desse Bátema!”. Agora, que assisti, cá estou para falar um pouco (sem spoiler) sobre.

Mas, antes de iniciar as investigações, a sinopse:

The Batman é um thriller tenso e cheio de ação que retrata o Homem-Morcego em seus primeiros anos, lutando para equilibrar a raiva com a justiça enquanto investiga um mistério perturbador que aterroriza Gotham.

Robert Pattinson oferece um retrato cru e intenso de Batman como um vigilante desiludido e desesperado, despertado pela compreensão de que a raiva que o consome não o torna melhor do que o cruel assassino em série que ele está caçando.

Sim e põe investigação nisso! Finalmente o Batman detetive dos quadrinhos estava ali na telona. Matt Reeves acertou em focar num Batman mais sério, mesmo jovem, que junta as peças de um quebra-cabeça ou charadas com muita observação, concentração, silêncio e seriedade. Além , é claro, de tirar aquele foco do glamour de ser um bilionário, fortão, galante, mulherengo e que, nas horas vagas, usa uns apetrechos personalizados e de última geração, pra salvar a cidade.

Sem falar que a atuação de Robert Pattinson foi impressionante! Ali a gente consegue ver um Bruce Wayne traumatizado, verdadeiramente recluso e assombrado pela morte dos pais. E tudo isso sem a necessidade daqueles flashbacks da morte dos Wayne, que a gente já cansou de rever. O ator não precisou ter ganhar uma forma física estilo “brucutu” para interpretar o Homem-Morcego, como uns grupos de nerds estavam exigindo e repudiando a escolha de Pattison para o papel. Ele bate muito mais, “guenta o tranco” de uma forma real, entregando ótimas cenas de ação, seja no braço ou nas perseguições com o batmóvel. E, no fim, só com o olhar, o homem entregou mais Batman/ Bruce Wayne do que eles já tinham visto no cinema nos últimos anos, o que não há como negar.

Estou dizendo que ele é o melhor filme do Batman? Olha, eu não sei… Eu gostei muito das referências específicas ao quadrinho O Longo Dia das Bruxas, do estilo noir dado ao filme, do tom sombrio, úmido, turvo e sujo (de corrupção), como se Gothan tivesse sido virada do avesso, como se o esgoto fosse a céu aberto. Possíveis vilões muito bem caracterizados, com referências à figuras reais e de forma impressionante, como essa versão dark do Charada. Uma fotografia e caracterização impecáveis, assim como os efeitos sonoros, que casavam muito com a tensão que o filme passava nas imagens. Mas, ainda assim, eu não sei se o coloco como o melhor. Mas é o segundo melhor, sem dúvidas!

A música que “embalava” o filme era “Something in the Way”, do Nirvana, que é a que também aparece no trailer. Mas, fique tranquilo que ela não toca o tempo todo, como se fosse cena dramática de novela. Enrolação é o que você não vai encontrar nesse filme, que lembrando tem três horas de duração, sem te cansar nem um pouquinho.

Batman é o filme que o fã de quadrinhos queria ver do Morcegão detetive e teve! Teve isso é mais um pouco! Atuações incríveis, destaque aqui para a nossa melhor Mulher-Gato, Zoë Kravitz (um tapa na cara de quem achou que ela fosse “urbana demais” para a personagem em O Cavaleiro das Trevas). Vá assistir e comprove que este é um dos filmes de super-herói que chegaram para fazer a diferença, principalmente, quanto à caracterização dos personagens. E vale ressaltar que não tem piadoca… Filmaço sim!