Assistimos: A Descoberta

Dentre os dilemas existenciais da humanidade, perpassam as seguintes perguntas: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?”. A última pergunta talvez seja a mais polêmica, porque muitas vezes atravessa questões religiosas. Mas como seria se a ciência descobrisse que existe algo além da morte? É sob esse viés que  “A Descoberta” constrói toda a sua trama; e cá estou eu para falar o que  achei.

Antes da morte, a sinopse: “Após comprovar cientificamente a existência de vida depois da morte, um cientista vê sua descoberta liberar um verdadeiro caos em meio a população, causando uma onda de suicídios. Em meio a este turbilhão, seu filho se apaixona por uma mulher que tem um passado marcado por eventos trágicos“.

Fiquei bem interessado quando me contaram a proposta do filme, porque pareceu muito boa e eu acho que nunca tinha visto algo nessa pegada anteriormente. Quando peguei para assistir, fiquei empolgado com o início, pois começa realmente muito bem. Porééééém, o ritmo vai ficando lento e a sensação causada com a primeira impressão, não se sustenta. O filme foge da proposta inicial e acaba cansando quem foi fisgado pela ideia da descoberta.
Talvez esse sentimento de cansaço que eu senti em diversas partes do filme, tenha se dado, porque espera-se que um filme com essa temática de vida e morte, tenha um tom mais filosófico e reflexivo, com questões que toquem nas nossas maiores dúvidas, certo?  Entretanto, o filme dá praticamente todo o foco no romance dos protagonistas, sendo que o casal não convence nem um pouco…

Contudo, o filme não é de todo ruim. Mesmo me cansando em determinados pontos, eu gostei muito de como foi construída a ideia de vida após a morte apresentada, as consequências que isso causou e, principalmente, como alguns personagens caminham por decisões que vão contra às convicções que sustentam a sua existência.
Com uma proposta excelente, que se perde um pouco no meio do caminho, A Descoberta é um filme que não causa tanto impacto como eu esperava, porém, seu final aparentemente bate em cada pessoa de um jeito. Então, se torna uma boa pedida para engatilhar um papo existencialista pós-filme.