“Mas já acabou?! Sério que não tem mais?!”
Foram as perguntas que me fiz, quando acabei o sexto quadrinho de Huck. Gente, estou chocada, até agora, que não tem uma parte dois dessa história. Eu disse, nas minhas primeiras impressões, que já tinha lido cinco capítulos do quadrinho, crente que teria muito mais Huck pela frente. Fiquei sem reação e meu mundo caiu quando caiu a ficha de que o capítulo seis era o último.
Mas, enfim, aqui estou para dizer-lhes o que achei da HQ, de uma forma geral, tentando não ser repetitiva, mesmo que a eu tenha lido quase toda sem saber e falar do final, mas sem “spoilerar”, é claro! Vale explicar, pra quem não leu as primeiras impressões, que eu escrevi o nome do personagem corretamente, sendo com “C” mesmo e não com “L”. Ou seja, não se trata do Verdão da Casa das Ideias, mas sim, do Loirão da MillarWorld.
Mas antes, vamos rever a sinopse:
“E se a pessoa que você menos espera tivesse um segredo extraordinário? Das mentes da fantástica equipe criativa de MARK MILLAR (Kick-Ass, Guerra Civil) e RAFAEL ALBUQUERQUE (Vampiro Americano, Batgirl) nasce uma história com superpoderes, boas ações e cientistas russos.”
Uma das primeiras coisas que notei na HQ foram “leves” semelhanças com Superman. Na verdade, pra ser mais exata, semelhanças com o Superboy, àquele da série “Somebody SAAAAAAAAAAVE MEEEEEE!” Smallville – As Aventuras do Superboy. A história é assim, ó: Huck vive numa cidadezinha do interior; não conhece seus pais biológicos, sendo adotado por uma família do local onde foi achado; é um cara bondoso e ingênuo; uma pessoa com poderes (super força, super velocidade, tem uma visão além do alcance para encontrar pessoas…); seus poderes são mantidos em segredo pela comunidade local e é perseguido por um cara muito poderoso, interessado em suas habilidades e… careca 😅.
Durante a minha dramática busca por informações de uma possível parte dois de Huck, sem sucesso, descobri umas entrevistas de Mark Millar. O roteirista da HQ, parecia estar “full pistola” com o filme Homem de Aço e disse que este foi uma motivação para que criasse um herói como ele, realmente, deve ser: aquela super força, capaz de quebrar tudo, mas que se reprime, a fim de apaziguar e ensinar boas atitudes a quem as mesmas não foram apresentadas. E foi o que ele fez em Huck.
Isso fica claro, principalmente, no final da HQ. Houve um ensinamento para ambos os personagens, inclusive para o protagonista que, devido às circunstâncias em que foi colocado, após ganhar notoriedade, descobriu que tinha outros sentimentos nunca expressados, como angústia, raiva, perdão (após sentir a raiva), desespero… E perceber também sentimentos (também negativos) em outras pessoas. Eu entendi, perfeitamente, a intenção do Millar, mas não foi um final surpreendente, que me deixasse elfórica. Mas acredito que foi, justamente, isso que me deixou com aquela vontade de quero mais Huck. Se foi proposital, you won, Mr. Millar…
Com essa bondade, inocência e força existente em Huck, Millar também fez uma outra referência: dessa vez, foi a vez do filme antigaço Os Gonnies, ter uma arte bem parecida com o pôster do filme, inserida como capa alternativa (curiosamente, o filme também carrega uma singela referência ao Superman):
E, por falar em arte, preciso dizer a vocês que virei fã do Rafael Albuquerque. Que desenhista maravilhoso! Como já falei da arte dele nas primeiras impressões, vou deixar o iniciozinho de Huck aqui, sem nada de spoiler, só pra vocês terem noção do que estou falando:
Huck é um bom quadrinho, com um protagonista cativante e uma arte incrível. Apesar de ter um final que me deixou tipo o GIF do John Travolta, por simplesmente ter acabado, é uma leitura muito prazerosa. Vale a pena conferir!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…