Huck. Sim, eu escrevi certo, tá?! Não é do Gigante Esmeralda que falaremos aqui. Não é um herói verde, que se transforma. É um herói pronto, puro. De bondade mesmo, porque esse Huck não fica bravo, não esmaga. Não é da Marvel, mas sim, MillarWorld, selo de Mark Millar.
Lançado em 2018, Huck foi escrito por Millar e desenhado pelo brasileiro Rafael Albuquerque. A Panini Comics trouxe a HQ para o Brasil (nos EUA, foi lançada pela Image Comics) e aqui estou para falar das minhas primeiras impressões a respeito dessa HQ.
Antes, vamos dar uma olhadinha na sinopse:
“E se a pessoa que você menos espera tivesse um segredo extraordinário? Das mentes da fantástica equipe criativa de MARK MILLAR (Kick-Ass, Guerra Civil) e RAFAEL ALBUQUERQUE (Vampiro Americano, Batgirl) nasce uma história com superpoderes, boas ações e cientistas russos.”
Comecei esse texto explicando quem é Huck, para que não troquem o “C” pelo “L”, porque há muita diferença entre ele e o herói Verdão. Mas confesso que, apesar do nome, de início (quando reservei a HQ para ler), achei que fosse uma adaptação, sei lá. Mas não tem nada a ver com o Verdão. Na verdade, ele está mais para um Superman que nunca saiu de Smallville. Huck é um cara muito bondoso, detentor de poderes extraordinários. Ele foi deixado, ainda bebê, na porta de uma casa, junto de um bilhete, que dizia: “Por favor, ame-o.”
Na pequena cidade onde vive, Huck ajuda a todos, usando sua força, agilidade, percepção aguçada… Isso faz com que a cidadezinha “ande”, se movimente. Ele é mecânico, mas se divide noutras tarefas, sempre que o solicitam. Tudo isso acontece bem distante dos “olhos midiáticos”, ou seja, a imprensa, o mundo, não sabe da existência de Huck, exceto alguns cientistas russos, que estão à sua procura.
Huck tem uma leitura muito fácil, rápida, não tem muita enrolação, pelo menos não nos cinco primeiros quadrinhos que li. É uma leitura muito prazerosa, instigante, com uma narrativa que prende o leitor, porque é muito cativante, devido à simplicidade dos personagens, mas principalmente, do protagonista. O quadrinho tem uma aura boa imersiva e acho que isso se dá ao tom pacato dos habitantes da cidadezinha.
Ao mesmo tempo, as cores vibrantes, luminosas, mas com um sombreado bem marcante, também dão uma aquecida na leitura, juntamente, com os desenhos do Rafael, com traços finos, que marcam bem expressões e movimentos dos personagens e a ambientação.
Eu já sabia do selo MillarWorld e, inclusive, quando li a respeito, fiquei ansiosa para ler uma HQ chamada The Magic Order. Só não sabia da existência de Huck e do quão bom é. Certeza de que continuarei a ler essa série! E um (ótimo) detalhe: A Netflix é dona (e proprietária) do selo MillarWorld e um filme de Huck pode ser lançado, em breve.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…