Lemos: A Lenda de Drizzt Vol. 2 – Exílio


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5
On 24 de julho de 2020
Last modified:24 de julho de 2020

Summary:

Já faz um tempinho que estive aqui e falei sobre o primeiro volume d'A Lenda de Drizzit, publicado pela Jambô Editora. Logo depois daquela resenha, segui acompanhando a jornada do elfo negro pelo Subterrâneo. Entretanto, uma série de fatores adiaram a conclusão do livro... Mas enfim, aproveitei o recesso do trabalho/faculdade para terminar e cá estou para falar sobre.

Já faz um tempinho que estive aqui e falei sobre o primeiro volume d’A Lenda de Drizzit, publicado pela Jambô Editora. Logo depois daquela resenha, segui acompanhando a jornada do elfo negro pelo Subterrâneo. Entretanto, uma série de fatores adiaram a conclusão do livro… Mas enfim, aproveitei o recesso do trabalho/faculdade para terminar e cá estou para falar sobre.

Sinopse:

“Quando me tornei uma criatura dos túneis vazios, a sobrevivência tornou-se mais fácil e mais difícil ao mesmo tempo. Ganhei as habilidades físicas e a experiência necessárias para viver. Poderia derrotar quase qualquer coisa que vagasse em meus domínios, e poderia fugir ou me esconder dos poucos monstros que não pudesse derrotar. No entanto, não demorou muito para eu descobrir um inimigo que não conseguia derrotar, do qual não conseguia fugir. Ele me seguia onde quer que eu fosse — na verdade, quanto mais eu corresse, mais ele fechava seu cerco ao meu redor. Meu inimigo era a solidão, o interminável silêncio dos corredores abafados”. — Drizzt Do’Urden

Este best-seller do New York Times acompanha o elfo negro mais famoso da fantasia medieval. Em sua luta para escapar da tirania de Menzoberranzan, a cidade drow, Drizzt terá que enfrentar os perigos escuros do Subterrâneo.

Como a sinopse bem diz, dessa vez, Drizzt tem a solidão como inimiga. Vivendo nos túneis, nosso herói tem que se adaptar a selvageria do seu novo habitat e isso desperta nele uma série de novos conflitos interiores. Pode-se observar que a questão da influência do ambiente sobre o sujeito é posta novamente, mas agora, em outra perspectiva.

Entretanto, a solidão não é a única inimiga do elfo negro. Afinal, sua família em Menzoberranzan não deixaria os seus atos para lá. Seus familiares não veem em outra opção, a não ser cobrar a Drizzt tudo o que fez. Esse desejo de vingança e poder, acrescenta à trama um perigo fantástico ao herói. Infelizmente, a política de não-spoiler do site não me permite falar mais sobre essa caçada.

Quanto a Drizzt como personagem, é possível observar nele uma maturidade bem maior. É nítido como os acontecimentos em sua terra natal, assim como a vida de exílio, o deixaram mais adulto do que antes. Apesar dos novos conflitos e medos, o protagonista está mais racional e menos tolo.

Contudo, o roteiro trata de lhe dar uma jornada de amadurecimento ainda maior. Nos novos encontros e situações, Drizzit encontra na amizade conforto e força para os desafios que cruzam o seu caminho. Além disso, seus companheiros (que não posso citar nomes) são personagens cheios de vida, capazes de trazer as mais distintas emoções ao leitor. Eu simplesmente adorei as construções dos mesmos.

Outro ponto que me deixou admirado foi a expansão do universo. Ao sair da órbita da cultura de Menzoberranzan e caminhar pelos túneis do Subterrâneo, a trama apresentou criaturas e locais de uma riqueza sem fim. A inserção desses aspectos deram um sabor especial à aventura e o trabalho descritivo da escrita de Salvatore tornou o processo de imaginar bastante fácil.

Por fim, já que falei em estilo de escrita, vale destacar como a descrição dos combates permaneceu primorosa. Isso de modo geral, porque eu tanto me angustiei com os conflitos internos, quanto “senti o cheiro de sangue” nas lutas. E que lutas! Drizzit está mais brutal do que nunca com suas cimitarras e estratégias. Porém, ele não é o único em cenas eletrizantes, porque Guenhwyvar e seus demais companheiros também sabem fazer o sangue jorrar.

Na minha opinião, A Lenda de Drizzt Vol. 2 – Exílio entrega tudo que uma aventura fantástica precisa ter. Chega ser óbvio eu vir aqui e rasgar elogios a um dos personagens mais famosos de um dos universos mais famosos do RPG, mas eu preciso dizer: incrível é pouco! E se você ainda não começou essa jornada, faça um favor a si mesmo e comece. Garanto que não vai se arrepender!

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