Semanas atrás, estive aqui e falei um pouco sobre Avatar: A Lenda de Aang. Como a nostalgia não pode morrer, segui mergulhado neste universo e assisti A Lenda de Korra, série que tinha passado longe de terminar (na época, já era adulto trabalhador sem tempo pra TV). Agora que finalmente pus as quatro temporadas em dia, hora das minhas impressões.
Mas antes, o Tenzin vai contar a sinopse pra gente:
Terra. Fogo. Ar. Água. Quando eu era menino, o meu pai, Avatar Aang, me contou a história de como ele e seus amigos encerraram heroicamente a guerra dos cem anos. O Avatar Aang e o Senhor do Fogo Zuko transformaram as colônias da Nação do Fogo nas Repúblicas Unidas das Nações, uma sociedade onde dominadores e não-dominadores do mundo todo podiam viver e prosperar juntos em paz e harmonia. Eles batizaram a capital desta grande terra de Cidade República. O Avatar Aang conseguiu muitas coisas notáveis na vida, mas tristemente o seu tempo neste mundo chegou ao fim, e como o ciclo das ciclo das temporadas, o ciclo do Avatar recomeçou…
Primeiro ponto que quero levantar é: a série respeita o material original de forma plena! Logo na primeira temporada somos apresentados à expansão do universo. Por exemplo, o uso das dobras (dominações) evoluiu bastante (principalmente, a que fora inventada pela Toph), assim como alguns estilos de luta e invenções que deram as caras na série antecessora.
Falando em invenções, é na Cidade República que essas mudanças são apresentadas. Sendo uma espécie de Nova Iorque steampunk (quem me conhece sabe que eu amo o gênero), a capital é repleta de veículos e máquinas. Além disto e nela que vemos a dominação dos elementos sendo utilizadas em profissões, esportes, etc…
Entretanto, a série não apresenta somente a evolução do universo, mas trata também de suas origens. Falando especificamente de dois episódios, a trama explica como surgiram os primeiros dominadores e Avatar. Fora que também foi tratada de forma mais profunda a ligação do Avatar com o mundo espiritual. Esse aprofundamento do universo foi sensacional!
Contudo, não achei tudo tão sensacional assim, porque alguns personagens não me agradaram tanto. Não que eles sejam ruins, mas se for compararmos com Avatar: A Lenda de Aang, possuem arcos bem menos cativantes. Na minha opinião, fora Korra, o único que tem um arco bem interessante é Tenzin. No mais, tudo ok ou com humor forçado.
Mas deixando claro que isso não se aplica aos vilões, o que é sem dúvida, um dos maiores destaques da narrativa. Diferente de seu antecessor, Korra não enfrenta um só perigo, porque a cada temporada um novo (ou mais) inimigo aparece. Cada um deles foram muito bem construídos e possuem ideologia distintas, mas que, ao meu ver, possuem algo em comum: soam justas, mas foram aplicadas com métodos radicais.
A presença desses antagonistas deixaram o tom da produção bem mais pesado. Seus arcos entregaram cenas bem mais violentas do que outrora (ainda que não explícitas) e trabalharam questões como traumas e autoritarismo de uma forma bem mais madura do que antes.
Apesar de ser um pouco inferior à sua antecessora, Avatar: A Lenda de Korra é uma série que vale a pena ser vista. Tirando o meu “problema” com coadjuvantes, considero tudo maravilhoso! No mais, o meu reencontro com todo esse universo foi uma das melhores coisas que pude fazer nas minhas férias sem dinheiro. Recomendo! Sempre!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.