Assistimos: Lords of Chaos

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4
On 9 de dezembro de 2019
Last modified:9 de dezembro de 2019

Summary:

Hail, tr00! Aqui quem vos escreve é Joerduk Marr (faça o seu nome black metal aqui também) e hoje falarei sobre Lords of Chaos, o filme que desagradou inúmeros black metallers ao redor do mundo. Quanto a mim? Bem, apesar de escutar metal, confesso que black metal não é meu gênero favorito (sim, sou poser), mas como as lendas/fatos do metal norueguês sempre me chamaram a atenção, resolvi assistir. Então, vamos às minhas impressões!

Antes dos riffs pesados, a sinopse:

Noruega, anos 90. Euronymous, um adolescente precoce, pretende espalhar o mal, caos e black metal de verdade. Quando ele convida Varg, um misterioso solitário, a participar de seu “Círculo Negro”, uma rivalidade se dá início, levando a inesperadas consequências.

Como é avisado no início do filme, o mesmo é “baseado em fatos reais, mentiras e no que realmente aconteceu“. Por mais curiosa que tal afirmação possa aparecer, acredito que não haja outra forma de retratar tais acontecimentos. As próprias pessoas envolvidas contam versões diferentes dessas estórias. Fora isso, há inúmeros mitos sobre a cena black metal norueguesa. Enfim, tudo o que rolou por lá é mais complicado do que retratam.

Contudo, o longa traz os fatos fundamentais desse período: a série de crimes ocorridos, cujos integrantes de bandas como Mayhem, Burzum e Emperor estavam envolvidos. Por mais que eu conhecesse todas essas estórias, vê-las dramatizadas foi uma experiência impactante. Nesse quesito, a produção do filme é certeira! Certas cenas não perdem em nada para alguns filmes de terror.

Entretanto, apesar de ter esses momentos pesados, o filme passa longe de ser um terror, muito pelo contrário! O roteiro flerta muito com o drama. Isso, porque houve todo um trabalho para humanizar as personagens. Ao mesmo tempo que considero isso um grande acerto, também vejo como uma possível “passada de pano”.

Acerto, porque tira o rótulo “divino” que algumas pessoas dão a esses músicos e mostram que eles poderiam ser apenas rebeldes sem causas/depressivos que queriam causar impacto com toda aquela pose de mal. Já quanto a passada de pano, senti que o filme entrega uma mensagem de “ah, mas só adolescentes que perderam o controle”, “olha, ele também sofreu com isso tudo”, etc… O que pode ser até verdade, mas dado alguns fatos, não consigo crer que havia amizade ali… Mas enfim, isso é só a opinião de quem conhece pouco do assunto.

Dosando bem entre drama, violência e humor, Lords of Chaos é visivelmente feito para atingir o público não headbanger. Afirmo com quase toda a certeza que o filme nunca agradará a quem é da cena black metal. Quanto a mim, tirando aquilo que considerei “passada de pano”, gostei bastante da produção como um todo. O longa é no mínimo um “despertar” para buscar mais sobre o nascimento do verdadeiro metal norueguês.