Primeiras Impressões: Miles Morales – Homem-Aranha (2019)

Terminei de ler uma HQ do Miles Morales, O Ultimate Homem-Aranha, há poucos meses, apesar de tê-la iniciado há um pouco mais de um ano. E, quando o fiz, lembro-me de ter me perguntado o porquê de eu não ter lido esse quadrinho antes, já que a história era ótima. Mas aí eu também me lembro da péssima mania que tenho de largar uma leitura e iniciar outra. Eu tenho me empenhado a não fazer mais isso.

Nesta semana, a nova HQ do Miles Morales me chamou atenção: Miles Morales – Homem-Aranha (2019). Não sei qual será o nome que ela ganhará quando for lançada por aqui, pois a Panini costuma fazer aquelas edições em capa dura, contendo 6 volumes. Eu li apenas os três primeiros que, ao meu ver, foi uma história que fechou, de certa forma e iniciei o quarto volume. E é a respeito das minhas primeiras impressões dessa HQ que falarei agora. Então, simbora!

Mas antes de lançar a teia, dá uma olhada nessa sinopse:

Para Miles, equilibrar sua vida normal, escola, pais e etc com sua vida de super-herói, nunca foi fácil, mas quando o Rino e um grupo de criminosos misteriosos começam a atormentar o Brooklyn, as coisas tomam um rumo sombrio. E Miles ainda nem sabe a metade disso. O vencedor do prêmio Eisner Saladin Ahmed (RAIO NEGRO) e o estreante Javier Garrón (HOMEM FORMIGA E A VESPA) trazem para você a última encarnação do personagem mais legal do Universo Marvel!

Só li verdades no final dessa sinopse! Homem-Aranha ainda é e sempre será o “(…)personagem mais legal do Universo Marvel”. Miles, como ele mesmo sempre fala quando é questionado a respeito do manto, é o Homem-Aranha. Inclusive, em Miles Morales – Homem-Aranha (2019) isso vai além, porque Miles tem vivências muito mais fortes e que se tornam explícitas nas páginas. Um exemplo disso, é o diálogo entre ele e o Rino, com relação a saber como é quando as pessoas acham que te conhecem por conta da sua aparência.

Isso faz com que o personagem se mantenha, pois, independente da cor de sua pele, ele tem grandes poderes até demais, né, mas tem também a grande responsabilidade de transmitir questões reflexivas ao leitor, durante os diálogos. É aquela questão de você aprender a lidar com questões da diversidade que constituem uma sociedade.

Em Miles Morales – Homem-Aranha (2019), já no segundo volume, começam a aparecer personagens como reforços para o teimoso que, se vê na grande missão de descobrir quem está por trás do sumiço de crianças moradoras de rua ou que estavam em abrigos, devido à deportação dos responsáveis, até a regularização de documentos. Isso, acredito eu, é uma alfinetada na atual situação dos EUA com relação à forma como as crianças, filhos de imigrantes, estão sendo tratadas. Já posso aplaudir o roteiro de Saladin Ahmed por isso!

E por falar em aplausos, outro que os merece são Javier Garrón e David Curiel, responsáveis por desenho e coloração, respectivamente. Desenhos com traços finos, nos mínimos detalhes, juntamente à textura e tons da coloração. Adorei a barba por fazer do Rino e o degradê do corte de cabelo do Miles.

Este é um quadrinho muito agradável de ler. Eu dei umas risadas, já soltei uns “Eita!”… Com certeza, vou continuar a acompanhar Miles Morales – Homem-Aranha (2019) e te recomendo a iniciar essa leitura.