Depois de traumatizar e ser vencido pelas crianças de Derry, Pennywise, o palhaço dançarino está de volta! Apesar do meu hype estar lá no alto, demorei algumas semanas para ver o filme, porque a duração me espantava mais do que o palhaço. Tardo, mas não falho: finalmente vi e cá estou para falar sobre.
Mas não precisamos de vinte e sete anos para ler sinopse:
Vinte e sete anos depois dos eventos que chocaram os adolescentes que faziam parte do Clube dos Perdedores, os amigos realizam uma reunião. No entanto, o reencontro se torna uma verdadeira e sangrenta batalha quando Pennywise, o palhaço, retorna.
O primeiro ponto que destaco é que pode-se dizer que o longa é sobre traumas pessoais. Parte do filme se preocupa em mostrar como as situações da infância influenciaram a vida adulta dos protagonistas. Nesse aspecto, a narrativa é bem didática, pois ilustra que mesmo após 27 anos os integrantes do Clube dos Perdedores continuam presos às mesmas situações da infância.
Para tal, foi necessário foco em cada um dos Perdedores. Essa escolha não seria ruim, se não fosse a quantidade de tempo e de flashbacks utilizados. Compreendo a necessidade do recurso, porque são muitas coisas para serem tratadas ali, mas confesso que em inúmeras partes, achei o filme cansativo.
Se os traumas/medos não mudaram, Pennywise reina! Certo? Bem, mais ou menos… Apesar de se mostrar um grande perigo e entregar cenas fantásticas, nosso querido palhaço também parece estar traumatizado. Em determinados momentos, a figura sobrenatural se mostra bastante humana em suas inseguranças. Outro ponto, é que ele tem poucas aparições, queria mais dele na trama…
Resultado? Pouco terror e um enfoque maior no drama. Sem contar os bons momentos de humor com direito a referências à King e outras obras do escritor. Se você espera um terrorzão pesado, esquece! Os sustos e a violência se fazem presentes, mas pelo menos aqui houve mais risadas do que “pulos”.
Seja na violência ou nos traumas, It: Capítulo Dois parece querer dizer que nós mesmos somos os nossos maiores inimigos. Apesar de estar abaixo do meu hype, o filme entrega bons momentos com uma qualidade técnica excelente. Vale a pena assistir!

Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.