Uma gestação. Sim, só depois de nove meses, que fui ver o resultado e, finalmente… Nasceu! É, pessoal, a vontade de concluir a série Titãs (Season 1) finalmente RENASCEU, melhor dizendo, durante esse finalzinho de férias. Mas tenho que admitir: isso só ocorreu, porque eu vi o cartaz de Titãs (Season 2) numa rede social, que deve estrear em setembro. Sugeri ao Joe que, mais uma vez, déssemos uma chance à uma série da DC (Santa paciência, Bel!)… Será que valeu a pena? Chega aqui rapidinho, que eu te conto!
Antes disso, vamos à sinopse pra dar aquela refrescada na situação:
Titãs segue jovens heróis do Universo DC enquanto eles crescem e se encontram em uma versão sombria da franquia clássica dos Jovens Titãs. Dick Grayson e Rachel Roth, uma jovem garota especial possuída por uma estranha escuridão, acabam no meio de uma conspiração que pode trazer o Inferno para a Terra. Eles se juntam à cabeça-quente Estelar e o amável Mutano. Juntos, eles se tornam uma família e uma equipe de heróis.
Quero deixar claro que as atuações nessa série me surpreenderam. Titãs (Season 1) tem atores excelentes! As cenas de luta de Dick Grayson (Brenton Thwaites) são maravilhosas e merecedoras de aplausos. Os efeitos especiais de Ravena (Teagan Croft) e Kory/ Estelar (Anna Diop), juntamente com suas atuações, são ótimos, mas não posso dizer o mesmo dos efeitos do Mutano (Ryan Potter), o que é uma pena, pois o ator é ótimo e espero que na próxima temporada, olhem com mais carinho para aquele tigre. Os atores transmitem muita sintonia aos seus respectivos personagens e não é difícil vê-los como um grupo desde o início (cheguei até a torcer para o Mutano se juntar ao restante).
Titãs (Season 1) é uma série com fortes direcionamentos à uma forte questão: reflexões sobre o conceito de família. Nenhum dos personagens têm o seu grupo familiar de origem por uma série de fatores (alguns a gente já sabe até de cor…), algo que proporciona a reunião dos mesmos, como a própria sinopse diz. Mas aí é que tá: qual é a necessidade de revirar tanto no passado do Dick Grayson, por exemplo? Ah, mas ele é o líder dos Titãs e tal… Porém, muitas (ou, provavelmente, TODAS) as pessoas que assistem a série sabem o que aconteceu na vida do primeiro Robin e, se isso passa num primeiro ou segundo episódio, já está bom. Mas não: tem que passar um Dick Grayson adolescente com raiva do mundo a cada cinco minutos. Isso transparece um roteiro preguiçoso ou medroso de ir além e, depois, não poder proporcionar algo tão empolgante quanto.
Quero ressaltar que, pelo que eu entendi, o roteiro era pra girar em torno da perseguição sofrida pela Ravena, o que foi uma ótima ideia para um começo de série e é uma história bem interessante. Outras histórias que também seriam maravilhosas se tivessem sido aprofundadas e dado o merecido valor na série, são as histórias de Mutano e Kory/ Estelar. Respectivamente, a um só foi dado um flashback de uns cinco minutos (no máximo) e a outro, apenas flashes de memória nos últimos capítulos. Eu estava ansiosa pra saber da origem da Kory, visto que nem mesmo a personagem se lembrava e, ainda mais, devido à enxurrada de “críticas” lê-se racismo que a escolha da atriz e caracterização da personagem vinha recebendo. E quero dizer que é a minha personagem preferida, principalmente, pela atuação da Anna Diop. Voltando à questão, acho que a história do Mutano também teria dado um ótimo episódio, porque ele só “serviu” para inserir um espécie de “chamada” para uma outra série, que viria a estrear meses depois, a Patrulha do Destino (que pretendo assistir, porque eu não tomo vergonha nessa minha cara).
Ao invés de focar nesse dois personagens ou no próprio desenvolvimento da Rachel, fizeram um episódio com a história de Rapina e Columba, o que, humilde e sinceramente falando, não agregou em nada para a série. Eu me perguntava, pra quê focar nesse casal, dar essa travada brusca na história que se seguia antes? E o fim do episódio, com a “motivação” para a existência do mesmo, só me deixou com mais raiva. Enfim, focar em Robin (forçadamente), Columba e Rapina, não foi um boa ideia, deixando a série cansativa.
Depois disso, a história “volta ao normal”, MAAAASSS… A DC tem que 💩 na saída e… O último episódio foi uma 💩! Foi uma enrolação tão escancarada, que chegou a dar preguiça de continuar a assistir o próprio episódio! O Joe soltou um “UÉ?! Cadê a história do outro episódio?! Não é possível que vão fazer o mesmo que a primeira temporada de Gothan…” e, o resto do episódio nós apenas balançávamos a cabeça negativamente e nos perguntávamos: qual é a necessidade de fazer aquilo, se a história tava boa?
O resultado: um final pouco empolgante, que enrola toda uma boa trama que se seguia no episódio anterior, desmotivando o telespectador a dar prosseguimento à mesma, pois isso transpareceu uma falta de possíveis boas ideias para se dar início uma 2ª temporada. Terminou fraca e sem necessidade disso, na minha opinião. Poderia ter terminado grandiosa, porque estava boa (tirando o episódio focado no casal de heróis e as lembranças de Grayson).
Com uma trama ótima, mas com alguns episódios que davam ênfase à personagens desnecessários, Titãs (Season 1) tem o seu potencial (mesmo que eu tenha reclamado muito). É uma série que fica nivelada ao meio, entre episódios muito bons e outros que poderiam ser bons, se não tivesse foco em personagens não tão necessários para o seguimento do enredo ou com flashbacks já conhecidos pela maioria do público, visto que é uma série de classificação etária restrita à menores e, portanto tem coisa que a gente já tá cansado de saber. Mesmo com tudo isso dito, eu ainda cogito a possibilidade de assistir a segunda temporada (o Joe já desistiu). Quem sabe eu perceba mais firmeza e coragem na série em seguir com a história, sem precisar ficar segurando a mesma e dando enfoque à personagens não tão importantes na trama.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…