No fim dos anos noventa, certos monstrinhos japoneses dominaram o mundo. Queríamos os jogos, as cartas, os bonequinhos do guaraná, os episódios novos do anime e o principal: ser um mestre pokémon! Outro desejo passava pela cabeça do menino Joe: um live action! Vinte anos depois, “Pokémon: Detetive Pikachu” chega ao Brasil com uma proposta diferente do que o meu jovem eu esperava, mas assisti e cá estou para falar sobre.
Mas antes de escolher o inicial, vamos à sinopse:
O desaparecimento do detetive Harry Goodman faz com que seu filho Tim parta à sua procura. Ao seu lado ele conta com Pikachu, o antigo parceiro Pokémon de seu pai, que perdeu a memória recentemente. Juntos, eles percorrem as ruas da metrópole de Ryme City, onde humanos e Pokémon vivem em harmonia… por enquanto.
Se você é um fã velho e espera ver batalhas, esquece! Tirando uma cena específica, definitivamente essa não é a proposta do filme. A narrativa segue por um caminho investigativo com boas pitadas de humor. Há pessoas (aka adultos chatos) revoltadas com o tom do filme, mas achei interessante esse diferencial, porque trouxe novas possibilidades ao universo dos monstrinhos.
Agora o que mais aqueceu o meu coração foram as inúmeras referências e easter eggs espalhados na tela! Tem protagonista com um pikachu, coadjuvante com um psyduck, música tema de batalha, palavras sábias do Mewtwo, etc. Fora os inúmeros pokémons no background, que foram um exercício à minha memória. Certamente vou ver o longa de novo só para ficar mais atento aos planos de fundo.
E falando nos pokemóns, obviamente eles que são o destaque. Não só porque a construção e ambientação do universo depende deles, mas pelo fato dos personagens humanos serem pouco interessantes. Outro ponto é que eles estão visualmente perfeitos! Por fim, a dublagem do pikachu é fenomenal! Ainda quero ver no áudio original, mas a versão BR fez um pikachu enérgico (não é um trocadilho), como se fosse um “Deadpool só para baixinhos”.
Quanto ao enredo, ele é simples, didático e divertido (como todo filme infantil deve ser). Vou me resumir a isso, porque obviamente eu não sou público alvo. Mas uma coisa eu te digo, é perfeito se você busca algo tipo “sessão da tarde”. Outro ponto, é que eu li por aí que o filme foi uma adaptação muito bem feita do jogo homônimo (que eu desconhecia).
Pokémon: Detetive Pikachu está longe do que alguns fãs barbados esperavam (e que eu duvido muito que vá acontecer algum dia), mas tem potencial de se tornar uma franquia cinematográfica gigante. Fico na expectativa de outros títulos, porque minha criança interior quer ver outros pokémons “pulando” nas telonas.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.