Com a quantidade gigantesca de lançamentos no mundo do entretenimento, sempre montamos a nossa lista de coisas para assistir/jogar/ler/etc, não é verdade? Assim como eu, conheço muitas pessoas que montam a sua listinha, mas não dão conta de consumir tudo ou só consomem certos “itens” anos depois. Prioridades, certo? Pois bem, depois de quase 15 anos, risquei Steamboy da minha lista e cá estou para falar as minhas impressões.
Mas antes, bora de sinopse:
Ray Steam é um jovem inventor que recebe de seu avô, pelos Correios, uma estranha bola de metal conhecida como Steam Ball. Esta incrível invenção comporta uma nova espécie de energia, que tem a capacidade de suprir uma nação inteira. Ao tentar proteger a esfera da inescrupulosa Fundação O’Hara, Ray descobre aos poucos os fantásticos poderes que a bola possui.
Tendo a direção de Katsuhiro Otomo, esperava que a animação fosse algo similar a Akira, mas não é. Steamboy tem um roteiro muito mais direto, simples, com soluções fáceis e diria até que é previsível. Achei que ele é aquele longa ideal para um dia que você queira ver algo mais descompromissado (no meu caso, dei sorte, porque meu estado de espírito era esse). Ou seja, não cabe comparação com o clássico (que eu sempre entendo diferente quando assisto).
O que realmente me incomodou foi como os personagens são rasos e confusos… Tirando o protagonista, achei tudo pouco apresentado/aproveitado e oscilante. Parece que eles não sabem o que querem da vida e por vezes entregaram umas reviravoltas que me deixaram meio “WTF?!”. E que personagem chata aquela tal de Scarlett!
Porém, tecnicamente o filme foi um colírio aos meus olhos! Vou te dizer que é uma das animações mais belas que já vi! As expressões dos personagens, os planos de fundo, o esmero nos desenhos (principalmente nos detalhes da era vitoriana), ou seja, tudo muito bonito. Fora a criatividade monstra na criação das engenhocas à vapor! Nesse ponto é fantástico, sério mesmo.
Com roteiro simples e visualmente espetacular, Steamboy entrega um produto ideal se você gosta do gênero steampunk e está com um dia livre, daqueles que não se quer ver nada muito “cabeça”. Para mim, o longa distraiu bem e só ascendeu mais uma fagulha de escrever algo do gênero para passar uma vergonha marota.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.