As histórias épicas da idade média sempre alimentaram o meu imaginário! Quando penso em filmes do gênero, automaticamente me vem à cabeça o fantástico Coração Valente, que me fez “conhecer” a história da Primeira Guerra de Independência da Escócia. No final do ano passado, a Netflix lançou outro longa ambientado nesta época e cá estou para falar as minhas impressões.
Mas antes, vamos ver a “gigantenopse” da Netflix:
Na Escócia do século 14, Robert the Bruce reivindica o trono e lidera uma violenta revolta pela independência contra o domínio inglês.
Vou começar falando pelo o que eu considerei o maior “pecado” da produção: o roteiro. E não aponto este aspecto por fazer uma comparação a Coração Valente (são filmes bem distintos), mas sim pelo fato do longa ter um ritmo instável, que acaba atingindo o protagonista. Enquanto assistia, estranhava a oscilação de ritmo, mas depois vi que o roteiro foi escrito por cinco pessoas, aí eu entendi.
Voltando, o roteiro afeta o protagonista da seguinte forma: por vezes Robert declama discursos enérgicos e luta com paixão, mas basta sair das cenas de ação que ele perde todo esse espírito. Tem horas que o personagem nem parece ser (ou querer ser) rei. Tal aspecto acaba refletindo também nos coadjuvantes, resultando em diálogos dispensáveis e um romance nada convincente.
Porém, quanto aos personagens há um destaque: Douglas Negro! O coadjuvante parece até ser mais aprofundado do que o próprio protagonista, uma vez que a trama o consegue colocar coeso em sua motivação. Fora que ele tem potencial de ganhar a simpatia dos espectadores (pelo menos aqui ganhou).
Finalizando, o ponto mais alto do filme fica para as cenas de batalha! Não há beleza no confronto e nem armaduras cintilantes, típicas de alguns filmes medievais. O que é entregue ao espectador são lutas enérgicas em campos de batalhas sujos e sangrentos, captadas pelo trabalho fantástico da fotografia do longa!
Legítimo Rei tem um ritmo oscilante, porém tem bons momentos. Longe de ser o melhor/pior filme medieval, o considero ideal se você quer ver boas cenas de batalha com uma pitada histórica. Ah, só para finalizar: DOUGLAAAAAAAAS!!!!!!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.