Assistimos: Assassin’s Creed

Assassin’s Creed é aquela franquia de jogos que eu sempre quis jogar, mas nunca tive oportunidade (problemas de quem só tem Nintendo em casa). Apesar disto, sempre achei o universo incrível só de olhar e escutar relatos dos meus amigos sobre os enredos. O anúncio do filme deu um certo hype aqui, principalmente quando eu soube que a história seria independente dos jogos, mesmo estando no mesmo universo.

Como de costume, antes de falar das minhas impressões, vamos à sinopse: Assassin’s Creed conta a história de Callum Lynch (Michael Fassbender), que após ser condenado à morte e “executado”, acorda em um estranho lugar chamado Fundação Abstergo, em Madri. Lá ele conhece a Dra. Sophia Rikkin (Marion Cotillard) que o tenta convencer a usar um equipamento chamado Animus, uma máquina que faz o usuário reviver memórias genéticas. É assim que ele descobre que é descendente de Aguilar, um membro da Ordem dos Assassinos e a última pessoa que se tem notícia que teve o artefato Maçã do Éden em mãos. Com interesse da Abstergo de por as mãos em tal artefato, as tretas começam por aí.


Bem, como eu disse anteriormente, eu nunca tive contato direto com o universo. Minhas impressões sobre os games eram somente de telespectador e ouvinte, nunca de player. Pode ser que isto de alguma forma tenha atrapalhado a minha experiência com o filme, que achei muito arrastado e menos do que eu esperava.

“Mas como assim, Joe?!”

Então, eu fui esperando um bom filme de ação. Em partes ele foi meio que assim, mas tive um sério problema com o desenrolar da trama, que apesar de ser muito bem ambientada nas memórias ancestrais (com direito a falas em espanhol, ponto fantástico e imersivo), me deu um baita sono no tempo presente, pois na minha opinião, mostrou um personagem sem motivação alguma e meio bipolar, uma vez que lá no finzinho ele muda de ideia de uma hora para outra (me deixando meio “ué”).

Mas o filme não é uma péssima película como algumas críticas têm vendido, só não é o divisor de águas das adaptações de games como fora “prometido” por Azaizia Aymar, diretor executivo da Ubisoft. Acho que ele cai na “maldição” das adaptações de games, onde é extremamente complicado agradar fãs e não-fãs.

No meu caso de fã-voyeur, não agradou muito, mas posso citar inúmeros pontos positivos que faz, digamos assim, não ser uma ida perdida ao cinema: Os movimentos de lutas são muito fiéis ao jogo, coreografia espetacular com muita ênfase no uso da lâmina oculta. Os saltos são de tirar o fôlego, mesmo com uma pequena alteração no salto de fé. Como eu já tinha dito brevemente, a ambientação nas memórias ancestrais ficaram muito boas e, na minha opinião, é o que salva o filme.

Assassin’s Creed não me empolgou como eu esperava, mas também está longe de ser a pior adaptação de games que já vi na vida (ainda temos Resident Evil essa semana, se segura, Joe!). Muitos conhecidos meus que são fãs da série gostaram muito do filme, então, ainda acho que a minha “ignorância” pode ter estragado a experiência (ainda quero saber mais sobre a Maçã do Éden, me ajudem). Se vale a pena assistir? Bem, acho que vale, mas vá de coração aberto. Ah, e se possível se baseie em críticas de quem conhece mesmo o universo e não deste cidadão que vos escreve, hahaha.