Mês passado falei das minhas primeiras impressões sobre Deuses Americanos. Pois bem, a temporada acabou e chegou a hora de dar o meu veredito (como se isso fosse grandes coisas). Depois dos oito episódios eu saí da sensação de “não tô entendo qual é”? As respostas chegaram?
Sim e não, ou quem sabe talvez. Confuso? Pois é meus amigos, a série levantou muitas questões que não foram respondidas em sua primeira temporada. Isso é ruim? Não vejo assim, porque me senti como o Shadow: descobrindo uma coisa de cada vez e tentando juntar os pontos em meio ao surreal.
O ponto forte da série é que desde o primeiro episódio sua narrativa “diferenciada” trata de muitos aspectos da cultura pós-moderna e seus preconceitos: A idolatria às tecnologias, o racismo narrado por Mr. Nancy, Mad Sweeney e suas doses de homofobia que atingem o muçulmano e seu Jinn, a cultura armamentista abençoada por Vulcan, o machismo que Bilquis sentiu na pele, etc.
Além das críticas sociais, o tema “fé” trouxe outras reflexões como os clichês existenciais do ser humano, o sentido da vida e ouso até falar que a série ainda fala no amor que faz o sujeito amado parecer divino. Essa constância em trazer mensagens além do superficial foi muito positiva e o que me fez ficar preso à trama.
Fora o enredo: Os efeitos visuais foram caprichados no surrealismo, a trilha sonora casando perfeitamente com as cenas e quanto às atuações… Permaneceram fantásticas e a cada personagem inserido o padrão foi mantido! Que antagonistas! Que an-ta-go-nis-tas! Tudo muito bem pensado e executado.
Deuses Americanos termina a primeira temporada da mesma forma como terminavam os episódios: com muitas coisas a serem esclarecidas. Essa fórmula certamente não agradou os telespectadores que buscam mais ação e respostas rápidas. Se vai melhorar ou não, só a segunda temporada irá dizer… Aproveitando o conceito da trama: se tudo que adoramos se torna real, vamos acreditar em uma segunda temporada mais enérgica. Com muitos adoradores, quem sabe ela vem com força total? Enfim, só sei que quero ler o livro!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.