Um dos personagens mais famosos das histórias em quadrinhos é o Homem-Aranha. Ele é querido pelos leitores das HQ’s, pelos espectadores de desenhos e filmes, pelos jogadores de videogame, de todas as classes, gêneros e idades. Eu mesmo sou muito fã e me identifico demais com ele, como já disse aqui outras vezes. Sendo um personagem tão atual, o Cabeça de Teia, assim como outros super-heróis, já “sofreu” (tem fã que sofre horrores) algumas transformações, até porque ao longo dos anos, ele já “passou pelas mãos” de desenhistas e roteiristas diferentes. A última “mudança” me chamou bastante atenção e resolvi conhecer, pois não podemos julgar a HQ pela capa (e, muito menos pela opinião negativa dos outros).
Seguindo com as minhas leituras (aleatórias) de quadrinhos com novos super-heróis ou os que assumem o uniforme, chegou a vez de conhecer Miles Morales. O tão falado novo Homem-Aranha, assim como a nova Ms. Marvel, Kamala Khan, chegou assumindo a identidade de herói, vestindo o manto, ou melhor, o colant com desenhos aracnídeos e sendo mais um personagem que faz parte representatividade inserida nas HQ’s da Marvel, que chamada Marvel NOW! (para nós, Nova Marvel). Então, sem spoilers (óbvio), vou deixar aqui uma breve opinião com as primeiras impressões que tive do quadrinho com as aventuras do novo “Teioso”.
Primeiramente, já quero deixar claro que AMEI o Morales! A representatividade é fundamental! Não falei sobre isso no artigo de opinião sobre as primeiras impressões da HQ Ms. Marvel, porque, sincera e honestamente, eu não saberia falar com tranquilidade (olha esse “Choque” de referência, aê), pois meio que entraria no âmbito religioso e eu não gostaria que isso acontecesse. Até porque não me recordo da repercussão dada à Kamala Khan em seu anúncio como nova Ms. Marvel. Mas continuando meu pensamento, este momento deve estar sendo maravilhoso para ser uma criança negra, pois há uma exaltação forte ao negro e à sua cultura no universo nerd hoje.
Ok, T’Challa, Ororo, Luke Cage, Monica Rambeau, John Stewart, Jefferson Pierce,Virgil, entre outros, já circulavam nas mãos de algumas crianças negras por aí, mas não havia uma visibilidade tão ampla, como o que a tecnologia e um maior acesso aos meios de comunicação, nos fornecem hoje. As séries de TV e os filmes deram uma alavancada na imagem da Tempestade e do Lanterna Verde que já estavam na TV. Confesso que a ansiedade de assistir o filme do Pantera Negra está fortíssima aqui comigo, leitora adulta de HQ, imagine numa criança que lê HQ hoje, ao ver um herói tão antigo como o Pantera ter um filme solo numa sala de cinema e, ao mesmo tempo, ter um quadrinho em mãos que lhe mostra o novo-oficial Homem-Aranha, um garoto negro? A criança sente quando o coleguinha diz (em sua inocência/ falta de instrução dos pais) que ela não pode ser determinado herói, porque ela não é da cor do herói. Não, eu não tô dizendo que devem sair distribuindo os uniformes de heróis clássicos para várias etnias (como eu já li coisas piores que vomitam por aí em redes sociais). Só estou exaltando sucesso que o Homem-Aranha tem e como é importante mostrar às crianças que elas podem ser quem elas quiserem ser, independente da etnia.
Mas, voltando a falar do quadrinho Miles Morales – O Ultimate Homem-Aranha (e espero não ser mal interpretada no parágrafo anterior e ser jogada no limbo do “mimimi”), Miles lembra Peter Parker na sua bondade, na lealdade, na vontade de ser verdadeiro com os que estão à sua volta, principalmente, quanto ao seu segredo (que não é spoiler para nós) de ser o Homem-Aranha. Ele também tem problemas familiares que lembram os de Parker, como a ausência dos pais, mas achei um pouco mais pesado, porque ele não está com nenhum familiar. A relação com Kate Bishop é muito legal e ainda conta com os conselhos de Mary Jane, viúva de Peter. Gostei muito dos mistérios envolvendo o despertar de um vilão muito famoso dos quadrinhos do Aranha e das cenas de ação que, como sendo a primeira HQ que estou lendo, já me parecem ótimas.
Com um diálogo sério, devido aos conflitos da juventude, somados com o peso herdar o uniforme de um super-herói tão famoso, Miles Morales – O Ultimate Homem-Aranha é um quadrinho com história muito boa e gostosa de ler, sem ser simplista ou uma cópia da história de Peter Parker. É um bom roteiro de Brian Michael Bendis com desenho e coloração maravilhosos de David Marquez e Justin Ponsor, respectivamente. Darei continuidade à leitura, com toda certeza! E você, já leu as histórias do Miles Morales? Concorda comigo ou não? Deixe seu comentário com sua opinião por aqui!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…