Assistimos: Deadpool 2

Quem nos acompanha, sabe que estivemos off no mês passado, mas o fato de não escrever para este lindo blog, não nos impediu de curtir os nossos filminhos. Sendo assim, estaremos aos poucos falando do que assistimos durante esse hiato (nunca é tarde, não é mesmo?) e hoje é dia de falar das minhas impressões sobre Deadpool 2.

Mas antes vamos evocar a sinopse: “Quando o super soldado Cable chega em uma missão para assassinar o jovem mutante Russel, o mercenário Deadpool precisa aprender o que é ser herói de verdade para salvá-lo. Para isso, ele recruta seu velho amigo Colossus e forma o novo grupo X-Force, sempre com o apoio do fiel escudeiro Dopinder“.

Apostando no principal acerto do seu antecessor, o longa é carregado de piadas sobre cultura pop, metalinguagem e a quebra da quarta parede. Entretanto, tive a impressão de que desta vez foram melhor contextualizadas nas cenas. Sendo bem franco, Deadpool é um personagem que me irrita bastante, pois o acho forçado demais. Desta vez não tive esse sentimento. Talvez eles tenham acertado na dose, ou talvez eu tenha ido assistir o filme de peito aberto com a sua proposta.

Continuando as ponderações sobre o humor do filme, outro acerto foi a minimização de piadas sobre genitais/sexo à la quinta série. Apesar da quinta série que habita em mim, saudar a quinta série que habita em você, esse tipo de piada no primeiro longa foi extremamente forçada. Felizmente pararam com isso.

Outra evolução nítida se deu nas cenas de ação! Além de apresentar uma coreografia de boa qualidade, toda a violência e gore que marcaram o filme anterior, também se fizeram presença neste. Ressaltando também que as piadas e absurdos cômicos feitos pelo “herói” se encaixaram muito bem nestes momentos.

Mas não vai falar dos personagens, Joe?“. Opa, bora lá! Achei que os coadjuvantes foram mal aproveitados, mas considerando a proposta do filme, é completamente compreensível que todos eles sirvam apenas de escada para as piadas de Wade. Para ser breve, vou fazer um resumão: A X-Force em ação é de longe o melhor momento filme. Cable funciona apenas com antítese de Deadpool. Dominó surge com piadas mais brandas sobre sorte. E por fim, o nome Russel é um easter egg que anima momentaneamente os mais saudosos, mas sua função no roteiro é um dos motivos que deixa tudo confuso.

Confuso? Como assim?“. Na verdade não tem nada de confuso com o roteiro, ele é bem simples. A grande questão é que o filme se perde no que inicialmente se propõe. Não fui claro ainda, né? Então bora lá: Se a proposta do filme é ser pura zoeria, não tinha porque de colocar a velha carga dramática hollywoodiana no roteiro. Essas tentativas de se levar a sério nos momentos com Russel e na jornada do herói traumatizado, não convence e deixa o tom muito confuso.

Deadpool 2 se destaca mais em cenas específicas, do que como um todo. Se você gostou do primeiro, certamente vai gostar mais da sequência. Apesar de ainda não acertar completamente seu tom, rende boas risadas e prova que é possível produzir filmes de heróis para um público mais velho. E como último comentário: Peter, sou seu fã!