Ultimamente, tenho sentido vontade de assistir séries com temáticas diferentes das que acompanho há um tempo, como super-heróis, por exemplo. Aliás, essa é uma temática que prevalece aqui em casa. Mas me falta tempo para acompanhar algumas, pois as mesmas já estão em sua terceira ou quarta temporada e, quando começo a assistir, estreia a nova temporada de alguma que eu já acompanhava…Aí, já sabe, né?!
Assisti Atlanta, não conclui Insecure, I Zombie… Enfim, você deve estar pensando que sou muito indisciplinada ou que não gostei das séries, mas não é isso. Eu juro que, o único motivo é o que já falei no parágrafo anterior. Ultimamente, tem-se falado bem de uma serie de comédia, que me deu vontade de assistir, principalmente pelo enredo principal, pois me gerou um certo saudosismo. Estou falando de Black-Ish, que assisti apenas dois episódios (o piloto e mais um) e será a série da qual farei as minhas primeiras impressões.
A sinopse é a seguinte:
Andre ‘Dre’ Johnson (Anthony Anderson) está prestes a ser promovido a Vice Presidente ou, como ele mesmo enfatiza, “Primeiro Vice Presidente Negro da Companhia”a. Ele e sua esposa, a médica Rainbow (Tracee Ellis Ross) estão vivendo o Sonho Americano: ótimas carreiras, quatro lindos filhos, uma casa colonial em um bairro de classe média. Junto com eles, também mora o pai de Dre, Earl (Lawrence Fishburne). Mas quando descobre que está sendo promovido novamente e, na mesma semana, seu filho anuncia que quer ter um Bar Mitzvah, ele começa a ver sua vida perfeita de forma diferente… De repente, uma luz acende para Dre: Será que o sucesso subiu à cabeça e sua família está se distanciando da própria identidade?
Talvez, pela sinopse, você não consiga perceber as comparações, mas Black-Ish tem muito estilo de Um Maluco no Pedaço e Eu, a Patroa e as Crianças. O Earl, pai do Dre, é uma mistura de Jhefrey com Tio Phil; Dre é meio Michael Kyle, meio Will; a quantidade de filhos é a mesma (dois meninos e duas meninas); uma esposa para sempre fazer com que seus maridos “caiam na real” diante dos conflitos (na maioria das vezes, as conversas são na preparação para dormir) e o que define a semelhança é o fato de ser uma família negra vivendo num bairro de classe média alta.
Mas, apesar de parecer clichê, Black-Ish tem a sua singularidade: os temas abordados nos episódios, em sua maioria, questões raciais, são apontados com um tom mais sério, mesclados com situações atuais e mais próximas do cotidiano real.
As atuações são ótimas, principalmente, das crianças e, é claro, de Lawrence Fishburne. Não conhecia o trabalho da atriz Tracee Ellis Ross, apesar de acompanhá-la numa rede social, por achá-la uma diva (afinal, filha de Diana Ross, diva é), mas gostei muito da atuação dela. Já conhecia o ator Anthony Anderson por conta de filmes de comédia, mas nunca fui muito fã não, por achar sua atuação cômica um pouco forçada. Na série ele até que está bem mais engraçado, porque a mesma me parece uma “dramédia”, e pode ser por isso que ele me pareceu mais tolerável, digamos assim.
Black-Ish me agradou, apesar de sentir que ainda está “leve” pra mim. Talvez seja, porque, além de eu ter assistido sóaos dois primeiros episódios, tenho que compreender também que ela pode ter amadurecido, pois estreou em 2014 e deve ser por conta disso que ela veio ganhando espaço ao longo dos anos, para então ser tão bem falada hoje. Pretendo continuar assistindo e recomendo. O saudosismo é muito bom!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…