Primeiras Impressões: Holy Avenger – Volume 1

Há pouco tempo, começamos a jogar RPG aqui em casa. O Joe já vinha juntando materiais, de livros até uma maleta, que nos ajudasse a compôr o cenário. Eu nunca tive contato com o jogo, nem sobre como jogar. A única coisa que sabia a respeito de RPG (Roling-Playing Game) era que os jogadores assumiam o papel de personagens de um mundo fictício, que agiam como tal. Até jogar, eu não sabia o quanto que o jogo cobra e estimula a imaginação. É impressionante, desde o preenchimento das fichas, onde você cria um personagem, às atuações no jogo em si.

E, percebendo tal cobrança criativa, eu senti a necessidade de conhecer mais a fundo os seres que compõem esse universo. Senti que, além de montar minha ficha, apenas através da leitura das atuações de alguns personagens dentro do jogo, eu deveria ler uma história onde eles já tivesse nome, forma, atuação e, é claro, uma personalidade marcante.

Daí, o Joe me propôs a ler Holy Avenger, da editora Jambô, uma história em quadrinhos que ele havia lido há muito tempo e que é um clássico. Sim, eu repito: essa história é um clássico! Gente, é impressionante como essa história é conhecida! No meu círculo social, quando eu falo que estou lendo Holy Avenger, as pessoas sempre (SEMPRE) dizem coisas como “Nossa, que f***!!!”, “Ah, ‘cê’ vai gostar pra caramba!”ou “P****! Essa história é muito boa!”. Ainda estou lendo e, é claro, gostando demais! Portanto, resolvi falar as minhas primeiras impressões sobre a aventura da Lisandra, em busca dos vinte Rubis da Virtude, para ressuscitar o poderoso Paladino e, consequentemente, dar fim aos seus pesadelos. Ou não, né?! Vai saber o que essa história, escrita por Marcelo Cassaro, ainda guarda…

Antes disso, vamos com a sinopse do volume 1 de Holy Avenger:

“Lisandra. Criada por animais em uma ilha selvagem, esta jovem vivia feliz em seu mundo puro… Até que os sonhos vieram.Sonhos sobre o Paladino, um herói com o poder do Panteão. Sobre como ele havia sido derrotado por forças malignas. E sobre como Lisandra poderia ressuscitá-lo se encontrasse suas gemas divinas — os vinte Rubis da Virtude.Para ajudar Lisandra surgem Sandro, filho do maior ladrão do Reinado, Niele, a bela e maluca arquimaga élfica, e Tork, o troglodita anão.”

Holy Avenger tem uma leitura leve, de fácil entendimento, pois não senti dificuldade alguma para compreender o contexto e a ambientação na qual a história se passa. A história tem me prendido bastante a atenção, devido ao seu ritmo bem dosado de acontecimentos surpreendentes ou reveladores, o que me leva a crer que, se a história seguir por esse caminho, tende a ser bem prazerosa. Além de ser divertidíssima, a ponto de me fazer externizar meus pensamentos, meio que dialogando com a história e personagens (é, quando eu gosto muito da história, eu tenho essa “mania”…).

Os diálogos de Holy Avenger são bem fáceis de entender. Com um humor inteligente e uma relação bem interessante e diferente, Lisandra e Tork têm diálogos um pouco mais “sérios”, voltados para algo mais paternal, quando ela se depara com o novo, que traz surpresas e perigos, e ele se encarrega de ensiná-la. Já o humor mais solto e sem vínculos, cabem à elfa Niele e ao filho do maior ladrão do Reino, Sandro Galtran. Esses dois têm os diálogos mais engraçados, em situações completamente imprevisíveis. Ah, eu também senti umas situações de duplo sentido durante a leitura, das quais até eu me condenei, pensando em como minha mente é “poluída” rs… Essa é uma brincadeira interessante com o leitor.

Os personagens são muito bem construídos, em características do jeito de ser e também fisicamente. A beleza dos desenhos de Erica Awano é impressionante e a já começa pela capa lindíssima! Parece que estou assistindo um anime (e bem que poderia vir a ser um dia), pois as emoções dos personagens, a movimentação de um quadro para o outro, me deixou maravilhada.

Holy Avenger já é, sem dúvida, uma das histórias em quadrinhos a nível nacional, mais prazerosas e divertidas. Estou gostando bastante e logo, logo, voltarei a este blog para falar do que achei deste volume 1. Agora, me dê licença, que vou voltar a rir com a doida da Niele e o bobo do “Sandrinho”!