Assistimos: Minha Academia de Heróis – Dois Heróis

Quem já me leu resenhando anime, sabe que eu geralmente digo que perdi a paciência com a narrativa da mídia. Porém, vez ou outra eu me permito conhecer alguma novidade (até porque eu já fui aficionado por cultura pop japonesa). Foi numa dessas que eu comecei a assistir Boku No Hero Academia (por conta de indicação de alguns alunos e da adaptação da Dragão Brasil #135). Como eu gostei bastante, há tempos que venho querendo resenhar sobre, mas sempre adiei. Agora que assisti “Minha Academia de Heróis: Dois Heróis“, cá estou para falar minhas besteiras.
Mas antes de falar desse ensino médio super-poderoso, vamos ver a sinopse:

“Após o fim das provas finais, os membros da sala U.A. partem para uma viagem escolar durante as férias de verão.

Porém, antes que eles consigam viajar, All Might e Deku aceitam um convite de alguém para ir para uma cidade móvel e flutuante conhecida como “I Island”. Todos os pesquisadores do mundo, tanto do Leste quanto do Oeste, estão nesse local, conhecido como a Hollywood da Ciência — onde eles conseguem pesquisar habilidades especiais e itens suplementares em um evento, que vai acontecer nessa ilha.

Lá, Deku vai conhecer uma garota sem habilidades de super-herói, chamada Melissa. Deku vai se identificar com Melissa por conta da época em que ele era como ela. Nesse tempo, apesar de a ilha ter uma muralha de metal por motivos de segurança, um vilão vai conseguir hackear o sistema e todos os cidadãos da ilha são pegos como refém”.

Inicialmente, a trama tenta atirar para todos os públicos. “Como assim, Joe?“, pois bem, há algumas cenas que já passaram no anime. Então se você acompanha a série, prepare-se para rever um resumo de como Deku ganhou a sua individualidade. Por outro lado, se você nunca viu a série, não vai ficar tão perdido. Em resumo: foi chato pra mim, mas talvez importante pra quem não conhece.

Já que comecei a falar dos flashbacks, sem dúvida alguma esse recurso entrega algumas das melhores cenas do longa. Achei bastante legal ver o começo da amizade entre All Might e David Shield, assim como os atos heroicos do símbolo da paz em solo norte-americano.

O foco nessa amizade de loga data faz retornar um assunto sempre presente na trama: a juventude como a esperança de um bom futuro. Só que dessa vez, o foco não está somente em Deku, pois conhecemos Melissa Shield, a filha de Dave. A presença dessa nova personagem no cânone, trabalha bem a questão de sucessão e mostra os pupilos construindo o mesmo laço que os seus mentores.

Outra coisa legal é que o universo do anime não é somente expandido com os novos personagens, pois também conhecemos a I-Island, local onde ocorre as maiores pesquisas sobre individualidades. Não sei se veremos este local em novas tramas, mas gostaria muito, pois o mesmo proporciona inúmeras possibilidades.

E os outros estudantes? Eles aparecem, Joe?“. Sim! Inclusive entram no roteiro de forma pouco convincente, mas tem papel fundamental na trama. Não só pelo apoio durante as subidas de andares (que é bem repetitivo, por sinal), mas também para proporcionar momentos já conhecidos na trama, como: rivalidade, amizade, paixão, alívios cômicos, etc.

Contudo, o terceiro ato é que entrega o melhor do longa! Temos um bom plot twist, cenas não comuns na série e uma batalha épica com uma parceria que provavelmente nunca mais se repetirá. Queria muito falar mais sobre, mas cês sabem que por aqui não rola spoilers.

Minha Academia de Heróis: Dois Heróis enriquece o cânone e agrada por manter a essência da série. Fico sempre surpreendido como esse conceito tão “bobo” de ensino médio com adolescentes super-poderosos é tão bem trabalhado. Ah, e se você se sentir confuso quanto a certos acontecimentos, é importante lembrar que esses eventos se passam antes da terceira temporada.