O tão esperado (e adiado) Mulher Maravilha 1984 estreou e, é claro, dividindo opiniões. O filme da super-heroína chegou numa véspera de natal, como um presente para os fãs que estão um pouco distantes do cinema, devido à pandemia (apesar dos mesmos estarem abertos com restrições), e sem muitas estreias de adaptações dos quadrinhos. Filme assistido e nos próximos parágrafos irei descrever se gostei ou não do presente, mas sem spoiler. Me acompanhe!
Mas vamos à sinopse antes disso:
Como arqueóloga, a Diana que trabalha no museu Smithsonian, é uma Mulher-Maravilha que tem super poderes extraordinários, podendo ser a heroína mais forte do mundo. Em 1984, a Mulher-Maravilha está em um desesperador perigo mortal na face de uma enorme conspiração do empresário Max, que canta alto para satisfazer os desejos das pessoas, e uma inimiga misteriosa, a Mulher-Leopardo (Kristen Wiig). A Mulher Maravilha pode impedir o colapso do mundo sozinha?
O filme até tinha uma história boa e diferente, digamos assim, mas a execução não foi tão legal quanto eu esperava (sim, eu esperava algo que eu não sei dizer bem dizer o que). O começo do filme estava legal, mostrando uma competição de quando Diana (Gal Gadot) ainda era criança e estava em Themyscira. Depois disso, o filme continuou movimentado, atrativo, empolgante, sem piadas, mas com situações que eram agradáveis de ver e arrancavam uns sorrisos e comentários por ser uma cena boa de se ver. Aí, quando entrou a questão do trabalho de Diana, eu gostei também, mostrando artefatos e tals…
O filme ia bem, até o Steve Trevor (Chris Pine) aparecer, o que na minha opinião, desandou tudo e deixou o filme chato. Até entendi a motivação dele estar no filme, mas não foi legal. Ficou parecendo um preenchimento de espaço e poderia ter focado no desenvolvimento do vilão, por exemplo, pois questões do universo dele foram mal desenvolvidas, que eu demorei para compreender e que, na minha opinião seria muito mais interessante de explorar e, talvez, despertaria um apreço maior pelo filme. Não posso dizer muito, mas se trata de um personagem avulso e que, de repente, apenas no final, ele foi apresentado como de grande importância, o que deixou o final completamente bobo.
Eu entendi o conceito do filme e não conseguiria julgar tanto os recursos visuais (mas o CGI continua ruim rs). Talvez, devido à iluminação, me senti como se estivesse assistindo a um filme antigo mesmo. Não sei se era essa a intenção de Patty Jenkins ou se estou viajando, mas caso tenha sido, funcionou e posso dizer que essa experiência, em específico, foi boa, apesar de eu não ter sentido isso muito forte nos figurinos, por exemplo, por mais que tenha uma brincadeirinha quanto a isso no filme (isso está no trailer). A maioria das cenas de ação, principalmente as lutas, foram muito boas e é algo que tenho que confessar que são momentos empolgantes nos filmes e sim, estou falando primeiro também.
Outra coisa boa do filme (foram poucas), foi a atuação de Pedro Pascal (o meu, o seu, o nosso Mandaloriano 🖤). Apesar de eu ter achado as motivações vilanescas meio estranhamente originais, mas mostradas de forma estranhamente bagunçada, a atuação de Pascal como Maxwell Lord foi excelente. A atuação de Kristen Wiig como Mulher-Leopardo também deve ser destacada, por mais que o CGI usado na personagem tenha sido bem feio e mal aproveitado, numa cena muito escura e fosca…
Mulher Maravilha 1984 não foi de todo ruim, mas me pareceu longo demais (mesmo que tenha durado 2h e 30 min, eu queria que acabasse logo) e terminou de uma forma beeeeem boba, na minha humilde opinião. Mesmo assim, é inegável que houve uma tentativa de ser único e ousado, mas sempre aparecem coisas que a gente diz que “pode ferrar” com um filme ou outro, seja por cronologia, informações e características dos personagens em dado contexto. Enfim, não é um filme que eu assistiria de novo, mas é bom que você assista (tem cena pós-créditos) e tire suas próprias conclusões.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…