O Alienista chegou ao catálogo da Netflix em outubro. A segunda temporada, cujo subtítulo é O Anjo das Trevas, homônimo à obra de Caleb Carr, traz uma história tão sombria e intrigante quanto a primeira, envolvendo sequestro de bebê, maternidade e uma crítica social à época, dando maior protagonismo na solução dos casos à personagem de Dakota Fanning. Temporada assistida e aqui estou para falar sobre a mesma. Me acompanhe!
Antes, vamos analisar a sinopse:
Sara Howard (Dakota Fanning) abriu sua própria agência de investigações e está liderando a acusação em um caso totalmente novo. Ela se reúne com o Dr. Laszlo Kreizler (Daniel Brühl) e John Moore (Luke Evans), agora repórter do New York Times, para encontrar Ana Linares, a filha recém-sequestrada do consular espanhol.
Já no trailer desta segunda temporada, dá para ver que há o início da execução de uma mulher na cadeira elétrica. Trata-se da mãe de uma criança sumida e, devido a isso, a mãe foi acusada de ter matado a bebê, mesmo que não haja evidências, ou seja, não há corpo. Cabe ao trio de amigos e investigadores encontrar, não apenas esta criança, mas uma outra que também desaparece. Esta última, é filha de um cônsul espanhol que os contratou, confiando nos trabalhos de investigação que o trio teve no primeiro caso.
Porém, desta vez, quem está à frente, liderando o caso é Sara Howard (Dakota Fanning), que abriu a própria agência de investigações e, vale ressaltar que, apesar de ter a ajuda dos amigos Laszlo e John, sua equipe investigativa é composta apenas por mulheres. Laszlo e John estão mais envolvidos em questões amorosas, respectivamente: um está no início do encantamento por uma mulher e o outro já está noivo.
Achei interessante que O Alienista – O Anjo das Trevas inverte o “papel” que é dado a personagens masculinos e femininos. Vou me explicar melhor: geralmente (e infelizmente), o enredo romântico em histórias de época fica, na maioria das vezes, para a figura feminina, enquanto o “trabalho bruto” fica a figura masculina. Mas nesta temporada, gostei muito da protagonização da Sara, estando desenvolvendo cada vez mais suas habilidades investigativas. A personagem viu e passou por tudo e mais um pouco nesta temporada, estando sozinha ou com outra personagem feminina.
A linha investigativa da personagem trouxe à trama uma potencialização do tom soturno, o que promove ao espectador momentos de tensão e atenção, ao montar o quebra-cabeça junto com a miss Howard, o que de forma alguma deixa a história arrastada. Isso também foi feito com um ótimo trabalho de fotografia, com cenas espelhadas e muitas cenas no escuro, mas nada que cause incômodo ou dificuldade para enxergar. Inclusive, a ambientação, figurino de O Alienista continuam excelentes.
Além de manter a excelência da temporada, mesmo com a quantidade de episódios reduzida, O Alienista – O Anjo das Trevas manteve a excelência da primeira temporada. Com atuações excelentes, tanto do elenco fixo, como dos específicos da temporada, é impossível não se prender à série e não sentir ansiedade pela terceira temporada que, até o momento, não foi confirmada pela TNT (ela não é uma série original Netflix). No mais, o único defeito dessa temporada é que ela acaba… Portanto, assistam!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…