Depois de algumas semanas (para a tristeza dos “maratonistas”), a segunda temporada de The Boys chegou ao fim. O grande nome do catálogo Prime da Amazon teve um desenrolar que, ao meu ver, foi inesperado. Mas isso significa que foi ruim? Bem, mês passado eu estive por aqui e disse de antemão que já considerava a temporada como um dos melhores lançamentos do ano. Será que mantive a opinião? Vem comigo que eu te respondo em dois tempos.
Mas antes de um gole de Fresca, sinopse:
Em uma segunda temporada mais intensa e mais desesperada de THE BOYS, Butcher, Hughie e a equipe se recuperam de suas perdas na primeira temporada. Fugindo da lei, eles sofrem para lutar contra os Super-heróis. Enquanto Vought, a empresa que gerencia os heróis, entra em pânico com a ameaça dos Supervilões, e uma nova heroína, Stormfront, agita a empresa e desafia um Homelander já instável.
Um dos pontos que mais me agradou nessa temporada, foi que todos os personagens foram muito bem trabalhados. Com isso, houve um maior aprofundamento que acabou dando ênfase as suas questões e motivações. Ao meu ver, tal aspecto enriqueceu muito a narrativa, não só porque foi possível os conhecerem melhor, mas porque abriu inúmeras subtramas.
Sobre esse ponto, achei que a temporada não teria espaço para resolver todas as subtramas que foram postas. Contudo, fui surpreendido de forma positiva, porque mesmo com poucos episódios, as soluções encontradas foram simples e certeiras. De quebra, ficou um gancho fantástico para a próxima temporada.
Quanto ao tom da produção, o pessimismo inicial aos poucos dá espaço à marca registrada da série. Temos o humor peculiar, violência explícita, bizarrices, etc… E o melhor é que por trás disso tudo, ainda há críticas certeiras quanto à política, religião, sociedade, corporações e por aí vai. Não sou tão atento ao que ocorre nos EUA, mas consegui pegar algumas mensagens bem endereçadas.
Esse aspecto é o que me faz gostar tanto da produção. Por trás de uma roupagem de atração de super-herói, há além da sátira sobre o gênero, mensagens potentes. Apesar dos exageros, tudo é bem posto dentro do roteiro e nada soa gratuito. É impressionante como em um mesmo episódio podemos rir, sentir nojo e ainda refletir sobre alguns pontos.
The Boys mantém a sua qualidade e ainda deixa uma abertura promissora para a próxima temporada. Para mim, é praticamente impossível não dizer que foi o melhor lançamento do ano, mas se você discorda, eu defendo o seu direito de estar errado, hahaha. Infelizmente, a nossa situação pandêmica não nos dá previsão de quando veremos o desenrolar da história, mas torçamos para que seja no ano que vem.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.