O live action de Mulan está entre nós, mas não exatamente! Como a pandemia barrou a ida aos cinemas em março, mês em que o filme seria lançado, a Disney resolveu inseri-lo no catálogo da sua plataforma de streaming, a Disney+ que, ao que tudo indica, chegará ao Brasil em novembro.
Mas como eu estava muito ansiosa para assistir, digamos que, com a ajuda de Jack Sparrow, consegui ter contato com o filme e por um preço bem acessível… Mas o importante é que consegui assistir e cá estou para falar sobre.
Então, assustadas e em fileira, vamos à casament– sinopse:
Mulan é a aventura épica de uma jovem destemida que se disfarça de homem para combater os Invasores do Norte que estão atacando a China. A filha mais velha de um honrado guerreiro, Hua Mulan, é espirituosa, determinada e muito ágil. Quando o imperador emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial, ela entra em cena para tomar o lugar de seu pai doente como Hua Jun, tornando-se um das maiores guerreiras da China.
Mulan é um filme mais sério. Como todos sabem, era da vontade da diretora Niki Caro dar esse tom ao filme e, para isso, o longa não teria as tão amadas músicas e nem todos os ainda mais amados personagens, além da maravilhosa Fa Mulan. Não tem Mushu (Desonra!), nem Lee Shang (Desonra pra toooda a sua família!), nem Gri-Li (e nem a Vovó), mas sim “referências” a eles: Mushu, ao invés de ser um lagar– dragão, é uma fênix (A diretora chupou limão, não acha?!), pois a intenção era não causar polêmica; Gri-Li está no filme, mas personificado (descubra quem é durante ou, assim como eu, depois do filme rs) e Lee Shang… Bem, ele não está no filme mesmo… Mas fique tranquilo que nem tudo é guerra no filme, ok?!
O andamento do longa é muito bom. Não tem enrolação e tem boas cenas de ação. E sim, essas cenas de ação também são protagonizadas por mulheres! ❤️ Outra coisa muito forte no filme são os diálogos, principalmente quando estes são relacionados à posição das mulheres na sociedade e como é e se há o acolhimento àquelas que vão contra as tradições.
As atuações são impecáveis. Com nomes como Gong Li, Tzi Ma e Jet Li, não tinha como ser diferente. Ouso a dizer que senti mais apreço por dois personagens: o falcão ou águia Xian Lang (Gong Li) e o Yao (Chen Tang). A primeira, é uma vilã diva (gostei, ué) e o último me arrancou uns risos. Por falar no Yao, o Ling e o Chein-Po também estão no filme.
Por mais que a Disney tenha tentado “acertar os pontos” sobre polêmicas passadas, a cerca da animação, novas situações surgem, promovendo boicote ao filme. Os créditos do filme apresentam agradecimentos às agências governamentais chinesas, pelo local cedido para as gravações, pois lá muçulmanos foram postos em campos de detenção, para serem esterilizados, trabalharem de forma compulsória e serem reeducados nas doutrinações políticas. Outra polêmica é o fato da protagonista do filme, Liu Yifei, já ter declarado apoio à polícia num protesto antigoverno.
Apesar dessas polêmicas e do desfecho de um personagem, que eu acho que merecia ser diferente, Mulan me emocionou e é um ótimo filme para assistir com a família. Talvez, mas só talvez, o longa não seja tão atrativo para as crianças, pois é desprovido das coisas que a gente mais gostava na animação de 1998… Mas, como Lee Shang disse à Mulan, no final da animação, “Foi… Uma boa luta.”. Recomendo! 🌸
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…