A série que eu mais aguardava, finalmente chegou! De Misha Green, Jordan Peele e J. J. Abrams, Lovecraft Country estreou, na HBO e sim, eu já vou fazer as primeiras impressões dela, mesmo que seja só do primeiro episódio. Minto: do BAITA primeiro episódio, porque… Ah… Por quê?! Me acompanha aqui que eu te conto.
Antes disso (não, ainda não é a sinopse rs), é preciso falar que Lovecraft Country é uma série baseada no livro Território Lovecraft que, apesar do nome, não foi escrito pelo mestre do horror e racista H. P. Lovecraft, mas sim pelo escritor Matt Ruff. Toda a viscosidade de tentáculos, a preferência pelo lado culto e o racismo estão em ambas as obras, mas abordadas de formas diferentes. E isso também pode ser visto na série.
Agora sim, vamos à sinopse:
A nova série de drama da HBO, baseada na história de Matt Ruff com o mesmo nome, estreia em agosto. A série acompanha Atticus Freeman (Jonathan Majors) que se une à sua amiga Letitia (Jurnee Smollett-Bell) e seu tio George (Courtney B. Vance) para embarcar em uma viagem de carro pelos Estados Unidos de 1950, em busca de seu pai desaparecido (Michael Kenneth Williams). Isto se inicia com uma luta para sobreviver e superar tanto os terrores racistas da América branca como os monstros aterrorizantes que poderiam ser tirados de uma história de Lovecraft”.
Como estão dizendo pôr aí, H. P. Lovecraft deve estar se revirando no túmulo! Nesta história, o protagonismo é de personagens negros: Atticus, que tem o apelido de Tic volta à sua cidade com a finalidade de procurar pelo seu pai, que desapareceu, deixando uma carta com pistas misteriosas que fazem Tic acreditar em encontrar, não apenas o pai, mas também respostas para outras indagações sobre sua vida. Para isso, ele contará com a ajuda de seu ti, George e de sua corajosa amiga, Letitia, que eu adorei, real mesmo.
Muito bem contextualizada, a série, ambientada nos anos 50, traz já nas primeiras cenas, os horrores da guerra, do racismo e de monstruosidades (as duas primeiras já os são) cósmicas. Uma cena que, ao mesmo tempo, te choca e te faz pensar que a série será espetacular.
Ainda falando das referências à época, há cenas chocantes a respeito das leis Jim Crow (segregação racial no sul dos Estados Unidos) que, inclusive, foi tema de uma sequência de cenas das mais aterrorizantes do episódio, na minha opinião, que é sobre a permanência dos negros numa pequena cidade, apenas até o pôr do sol. São situações que deixam o espectador tenso, junto com os personagens, revelando outros vilões, na minha opinião.
Os personagens são apresentados com perfeição, em cenas bem envolventes, que já nos fazem ter um apego por eles. Por mais louco que isso possa parecer, isso é feito sem rodeios, o que deixa o episódio muito mais interessante, mas sem ser corrido, até porque o mesmo dura um pouco mais de uma hora. E sabe aquele final de primeiro episódio, com um gostinho de “quero mais”? Então, temos!
Outra coisa que vale ressaltar, já nessas primeiras impressões, é a trilha sonora, que vai muito além de músicas maravilhosas como as de de B. B. King, por exemplo. Achei interessantíssimo a ideia de mostrar atitudes racistas em sequência, com um discurso, cujo tema era um questão de se sonho americano foi alcançado às custas do negro americano. Foi uma ideia brilhante e um discurso super válido para a série.
Pode ser que eu esteja muito “emocionada” com o primeiro episódio dessa série? Pode. Mas acredito que posso fazê-lo, dado ao time de peso dessa produção. Acredito também que eu já tenha falado por aqui algo sobre um “terror diferenciado”. Então, é bem isso e te aconselho a assistir.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…